Ontem (11/11), na COP29 em Baku, lideranças e organizações se reuniram para debater os desafios e oportunidades para o reconhecimento das comunidades locais e tradicionais na Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC). O encontro contou com a participação de representantes como Selma Dealdina Mbaye, coordenadora política da CONAQ; Cleidiane Vieira, do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB); Gustavo Sánchez Valle, presidente da Red MOCAF; Marco Tulio Scarpelli Cabral, chefe de gabinete da Secretaria de Clima do MRE; Selvyn Pérez Aju, representante da UTZ Che; e Vivian Maycruz, do Ministério do Meio Ambiente da Guatemala.
A discussão abordou a importância de fortalecer a representatividade quilombola e de outras comunidades tradicionais na agenda climática internacional, garantindo que seus direitos e necessidades sejam considerados nas negociações e decisões. A Cúpula dos Povos, iniciativa independente de movimentos e organizações sociais brasileiras, tem atuado como espaço de mobilização e articulação em prol de uma agenda ambiental inclusiva para a próxima COP30, em Belém, em 2025.
Cleunice Vieira, representante do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) e da Cúpula dos Povos, esteve presente no painel e comentou ao final as expectativas e demandas do movimento em relação às negociações climáticas.
“Estamos nesse processo de construção e fortalecimento da Cúpula dos Povos rumo à COP30. Nestes dias, participaremos de diversos debates para discutir como estão nossos processos de construção no Brasil, como estamos promovendo a internacionalização da Cúpula, o envolvimento da sociedade civil e como faremos de Belém um espaço democrático na luta pela defesa do clima”, afirmou Cleunice, ressaltando a importância da Cúpula dos Povos e das articulações para a COP30.
A REPAM-Brasil, como parte da Cúpula dos Povos, que reúne mais de 400 organizações, está à frente da Mobilização dos Povos pela Terra e pelo Clima, projeto de articulação da REPAM rumo à COP 30, com sede em Belém-PA. O objetivo é fortalecer a defesa dos territórios e da biodiversidade amazônica, alinhado com os preparativos para a COP30. Este processo de fortalecimento e internacionalização visa estabelecer um plano de ação robusto em defesa do clima e da justiça social, reunindo vozes diversas e comprometidas com uma transição sustentável.