Na tarde de ontem (18/12), na sede da CNBB em Belém, ocorreu a roda de conversa “Desafios e Perspectivas da Amazônia Rumo à COP30” , reunindo cerca de 40 pessoas entre organizações, lideranças amazônicas e defensores socioambientais. O encontro foi promovido no âmbito da Mobilização dos Povos pela Terra e pelo Clima – Avanços Rumo à COP 30, com o objetivo de fortalecer as alianças, propor pautas concretas e debater os desafios e perspectivas para a defesa da Amazônia e de seus povos.
Sara Pereira , coordenadora da FASE Amazônia e articuladora da Cúpula dos Povos Rumo à COP30, destaca: “É frustrante perceber que muitas vezes nossas expectativas sobre ações concretas são limitadas por decisões que ignoram as vozes dos territórios. Precisamos garantir que a COP30 seja marcada por compromissos reais com financiamento climático e justiça socioambiental, e não por promessas vazias.”
Marcos Wesley, do Comitê COP30, reforça a necessidade de ampliar a participação popular e a pluralidade nas discussões: “A Amazônia não pode ser vista apenas como um ativo econômico, mas como o coração de um modelo sustentável e inclusivo. Nossa luta é por uma transformação que valorize os povos e proteja a floresta.”
O encontro também destacou o papel estratégico de mobilização local e internacional para garantir que a COP30, a ser realizada em Belém em 2025, seja um marco de avanços concretos na agenda climática global. Participantes como Marcelo Corrêa, da Malungo , enfatizaram a urgência de construir ações que reflitam a realidade dos territórios e assegurem a proteção dos direitos das comunidades amazônicas.
No segundo momento do encontro, foram apresentadas as articulações que têm desempenhado um papel fundamental na mobilização rumo à COP30, como a Cúpula dos Povos, a COP das Baixadas, a COP do Povo e o Comitê COP30. Cada grupo compartilhou os avanços e conquistas obtidos ao longo deste ano, destacando ações concretas, aprendizados e desafios enfrentados. Além disso, os representantes trouxeram suas expectativas para o próximo ano, com foco na ampliação da participação popular, no fortalecimento das redes de colaboração e na consolidação de propostas que reflitam as demandas dos territórios amazônicos.
A roda de conversa reforçou a importância de manter o diálogo aberto e de esforços articulados para garantir que as demandas da Amazônia estejam no centro das discussões climáticas globais.
Os próximos passos incluem a consolidação de propostas para apresentação nas etapas preparatórias da COP30 e o fortalecimento das coalizões regionais e internacionais.
A REPAM-Brasil exerce um papel, liderando a Mobilização dos Povos pela Terra e pelo Clima como parte dos preparativos para a COP30, em Belém-PA. Sua articulação é essencial para unir vozes diversas e engajadas na construção de uma transição sustentável e na defesa da Amazônia.