A equipe do projeto Mobilização dos Povos pela Terra e pelo Clima, Articulação REPAM rumo à COP30, participou de três momentos importantes com comunidades, lideranças e instituições da Amazônia. As atividades reforçam o compromisso com a formação, escuta e articulação de propostas concretas para a agenda climática a partir dos territórios.
No dia 24 de abril, na sede da CNBB Norte 2, em Belém, o projeto esteve presente no Encontro da Congregação das Missionárias de Jesus Crucificado. Com o tema “COP30 e os desafios para a Amazônia”, o encontro reuniu representantes de diversos estados da região, como Amazonas, Rondônia, Maranhão e Pará. A cartilha ABC das COPs foi usada como subsídio de diálogo, a partir da metodologia das Rodas de Conversa para construção coletiva de uma Carta de Demandas.
“Esse tipo de escuta territorial e partilha entre diferentes experiências é fundamental para que a participação na COP30 não seja apenas simbólica, mas construída a partir da vida real dos povos e comunidades da Amazônia”, destacou Joana Menezes, articuladora do projeto.
No dia 2 de maio, a equipe participou da Assembleia Regional das Irmãs Cordimarianas, onde conduziu uma conversa sobre Ecologia Integral e Justiça Climática. O espaço foi dedicado à reflexão sobre os impactos socioambientais nos territórios e às respostas que têm emergido das comunidades e movimentos populares.
“É essencial que a agenda climática dialogue com as espiritualidades, com as práticas de cuidado e resistência que já existem nos territórios. Nossa missão é ajudar a conectar essas vozes com os grandes espaços de decisão como a COP30”, afirmou Eduardo Soares, secretário do projeto.

Já no dia 6 de maio, representantes da REPAM Norte e da Cáritas participaram do Seminário sobre Comitês de Bacia Hidrográfica, promovido pelo Ministério Público do Estado do Pará, em Concórdia do Pará. O evento contou com a presença de comunidades tradicionais, poder público e universidades, debatendo o uso da água, seus conflitos e possibilidades de gestão colaborativa.


As ações fazem parte da agenda contínua do projeto rumo à COP30, com o objetivo de fortalecer a mobilização social, o protagonismo dos povos da Amazônia e a construção coletiva de propostas para justiça climática e transição ecológica.