Na última segunda-feira (16/09), a Mobilização dos Povos pela Terra e pelo Clima, articulação liderada pela REPAM-Brasil, deu mais um passo importante rumo à COP 30. Em reunião com o superintendente da Sudam, Paulo Rocha, e representantes do Operativo Local da Cúpula dos Povos, foi discutida a participação dos territórios e comunidades na COP 30, que acontecerá em Belém, no próximo ano.
Construindo pontes para uma COP mais inclusiva
A reunião foi uma oportunidade para fortalecer a integração entre diversos movimentos sociais e ampliar a articulação que dará suporte à COP 30, garantindo que os povos da Amazônia estejam no centro das discussões. Durante o encontro, foi entregue a Carta Política da Cúpula dos Povos, lançada oficialmente em agosto de 2024, assinada por mais de 400 organizações, entre elas a REPAM-Brasil. O documento simboliza o compromisso com uma agenda autônoma e alinhada aos interesses das comunidades locais e seus territórios.
Desde agosto de 2023, a Mobilização dos Povos pela Terra e pelo Clima tem promovido a convergência de organizações e movimentos sociais, incluindo indígenas, quilombolas, agricultores familiares, juventudes, ambientalistas, e muitos outros atores da sociedade civil. O objetivo é criar um espaço participativo e independente para a COP 30, que possa promover debates significativos e propostas que reflitam as necessidades e realidades dos povos amazônicos.
Rumo a uma COP 30 mais inclusiva e representativa
Com a realização da COP 30 em Belém, o movimento visa trazer um olhar profundo sobre as questões ambientais, sociais e climáticas que impactam diretamente a Amazônia e suas populações. A presença e participação ativa das comunidades tradicionais, juventudes e organizações ambientais são essenciais para construir uma agenda global mais inclusiva e conectada com a defesa da vida e dos direitos dos povos.
O trabalho segue firme para garantir que, na COP 30, vozes locais sejam ouvidas e consideradas em um debate que transcende fronteiras e coloca a Amazônia no foco das discussões mundiais sobre clima e justiça socioambiental.