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Por Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1

A diocese de Roraima celebrou nesta quarta-feira 13 de março, uma Eucaristia de Ação de Graças pela nomeação do padre Lúcio Nicoletto como novo bispo da Prelazia de São Félix do Araguaia (MT).

Na homilia, dom Evaristo Spengler, seguindo o texto do Evangelho do dia, disse que “para estarmos unidos a Deus, precisamos estar unidos a Cristo”, destacando a importância da união e a solidariedade entre o Pai e o Filho, que “transmite-nos a Palavra de Deus para nos transmitir a vida de Deus”, destacando a importância do amor misericordioso de Deus.

O bispo de Roraima lembrou as palavras da mensagem do bispo eleito de São Félix do Araguaia ao povo de Deus que vai acolhe-lo, onde “reconhece a bondade de Deus que já lhe acolheu desde o dia de seu batismo e o acompanhou durante toda a sua vida, e ao longo da sua vida, a Igreja suscitou inúmeras pessoas que possibilitaram que ele pudesse conhecer e se encontrar com Jesus Cristo e que se deixasse amar por ele”, destacando nessa Igreja, no encontro com a Palavra, descobriu a missão, que “chegou em sua vida como um vento muito forte, como um furacão abrasador que mudou a sua vida”, levando-o á diocese de Duque de Caxias, uma Igreja encarnada, de um povo sofrido mas lutador, e posteriormente à diocese de Roraima, onde descobriu uma Igreja encarnada nessa realidade, “uma Igreja comprometida com o Reino de Deus que é fonte de libertação de todos os males”.

Falando da Prelazia de São Félix do Araguaia, Dom Evaristo disse que “essa Igreja é uma referência muito forte para todos nós”, destacando que sempre foi uma Igreja muito comprometida com os povos indígenas, na luta contra o latifúndio, destacando a luta de Dom Pedro Casaldáliga, primeiro bispo daquela Igreja, “para que o povo pudesse ter direitos respeitados em nome do Evangelho, em nome de Jesus Cristo, da fraternidade, da justiça, onde todos podem sentar à mesma mesa, onde não há lugar para a exploração, não há lugar para a exclusão”, lembrando que Dom Pedro foi ameaçado e perseguido por isso.

“Uma Igreja de comunidades eclesiais de base, com aliança com os pobres, da luta por um mundo melhor, onde todos possam ter espaço”, destacou dom Evaristo, que falou da importância da formação engajada em São Félix do Araguaia. Igualmente lembrou dos outros dois bispos de São Félix, o cardeal Leonardo Steiner e Dom Adriano Ciocca, insistindo em agradecer a todos os padres fidei donum da Itália que trabalharam e trabalham na diocese de Roraima. Igualmente pediu orações pela família do padre Lúcio Nicoletto, agradecendo ao Papa Francisco pelo seu compromisso com a Querida Amazônia e o empenho em fazer realidade uma Igreja com rosto amazônico.

Ao bispo eleito lhe desejou que “não faltem as palavras do Espírito, de coragem, discernimento, ousadia, de um pastor que tem ficado com o povo, capaz de animar a Igreja em espírito de comunhão e de sinodalidade”, lhe convidando a voltar sempre à diocese de Roraima, uma casa que é sua.

No final da celebração, o padre Lúcio Nicoletto disse que nesse momento, sua palavra única é gratidão, agradecendo a todas as pessoas que ao longo da sua vida lhe ajudaram a se encontrar com Cristo, “para não correr o perigo de reduzir a fé a um fato pessoal”. Ele agradeceu à sua família de sangue e à sua família alargada, que foi descobrindo ao longo dos anos, da missão, que ele vive como uma dádiva, pedindo a Deus ser fiel ao seu chamado, a seu projeto, àquilo que Deus lhe confia hoje.

O bispo eleito de São Félix do Araguaia agradeceu aos seus colegas missionários chegados da Itália, ao presbitério de Roraima e aos bispos que ele encontrou nessa diocese, dom Mário Antônio da Silva e dom Evaristo Spengler. Também agradeceu ao povo de sua nova Igreja local e aos bispos que por lá passaram, e “tornaram a Igreja de São Félix um berço fecundo de testemunho”. Igualmente agradeceu à diocese de Pádua, onde será ordenado bispo.

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