Líder indígena do povo Curripaco – Venezuela (Reprodução REPAM)

A Coordenação das Organizações Indígenas da Bacia Amazônica (COICA) é uma organização indígena de convergência internacional, formada pelos nove países da Bacia Amazônica. A COICA é uma instituição que orienta seus esforços para a promoção, proteção e segurança de seus territórios por meio de suas próprias formas de vida, princípios e valores sociais, espirituais e culturais. No último mês de junho ela realizou o X Congresso Ordinário, na cidade de Macapá – Brasil, onde elegeram o novo Conselho de Administração. No dia 17 de julho, os membros deste Conselho realizaram uma importante reunião nas instalações da Secretaria Executiva da REPAM localizada na cidade de Quito – Equador. Conversamos com seu coordenador geral da COICA, JOSÉ GREGORIO MIRABAL, líder indígena do povo Curripaco na Venezuela.

QUE TEMAS CONCRETOS A COICA PENSA EM TRABALHAR COM A REPAM?

Em primiero lugar, a questão territorial. Em segundo, estamos vendo que temos que trabalhar em unidade na ação, entre a REPAM e a COICA. Como eixo central a territorialidade, mas além da territorialidade temos que unificar critérios para a nossa mensagem conjunta ser ouvida pelo mundo, pelo Papa, pela Igreja, pelos povos indígenas. Então, além do que estamos pensando sobre a questão dos povos indígenas em isolamento voluntário, povos independentes que estão mais ameaçados, porque não podem falar, não têm voz, eles não querem falar, porque estão em seus territórios originários, mas querem o respeito . Então, isso já é um problema que ultrapassa a fronteira de vários países. Temos a responsabilidade de convencer nossos Estados a respeitarem esse território. Em segundo lugar, enfrentar as grandes ameaças, a questão dos Direitos Humanos, é algo sério na Colômbia, Equador, Brasil, Venezuela, nos nove países. Aquele que defende a mãe natureza é perseguido. Não tem direito à vida, há muitos casos em muitos países. A questão dos Direitos Humanos em nível local, nacional e internacional é um eixo central para essa unidade que estamos construindo.

 VOCÊS ESTÃO COORDENANDO AS SUAS BASES PARA QUE POSSAM PARTICIPAR NAS ASSEMBLÉIAS TERRITORIAIS QUE ESTÃO SENDO ORGANIZANDAS NOS DIFERENTES PAÍSES ANTES DO SÍNODO?

Bom, agora,em uma avaliação muito rápida, percebemos que no topo, para as lideranças, estamos falando muito bem. Mas, lá embaixo, na base, nas comunidades, nas capitais dos nossos territórios, é complicado. Então, estamos discutindo uma metodologia. Ou seja, estamos fracassando, porque, quando há reuniões da REPAM muitas vezes se associa a um encontro da Igreja. Então, temos que estabelecer uma metodologia onde as organizações indígenas, a família indígena como tal, também sejam incorporadas, e que se tenha outra metodologia. Assim, vamos corrigindo e vamos afinando os detalhes.

Para conferir a entrevista completa, acesse o site da REPAM Panamazônica. Clique aqui.

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