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No âmbito do G20 Social, em apoio à Aliança Global contra a Fome e a Pobreza e às populações em situação de deslocamento forçado, o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS), a Agência da ONU para Refugiados (ACNUR) e a Agência de Cooperação Internacional do Japão (JICA) realizaram o seminário “Troca de Conhecimentos e Experiências sobre o Combate à Fome e à Pobreza”. As discussões, que ocorreram na manhã desta terça-feira (27.08) em Brasília (DF), devem resultar em recomendações para Cúpula do G20 Social, em novembro.

Na abertura do evento, o ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias, enfatizou os esforços do governo para tirar os brasileiros da vulnerabilidade social. “O Brasil quer colaborar com outros países e esperamos que, com conhecimento, ajuda financeira e tecnologias, possamos ter um mundo melhor”, destacou.

O titular do MDS também falou sobre a expectativa do seminário. “Esperamos sair desse encontro com um documento, com base na experiência vivenciada, em que possamos, na Cúpula do G20 Social, ter uma proposta que possa compor a cesta de alternativas da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza”, destacou.

Durante o encontro, foram debatidas questões sobre o deslocamento forçado e os seus impactos nas desigualdades sociais. Para Davide Torzilli, representante da ACNUR, a situação da insegurança alimentar e da miséria piorou nos últimos anos com aumento de conflitos, de violações dos direitos humanos e impacto das mudanças climáticas no mundo. “Essa situação impacta mais pessoas ou grupos populacionais que são mais vulneráveis, entre os quais, pessoas refugiadas e pessoas que foram forçadas a se deslocar”, disse.

O representante da JICA, Akihiro Miyazaki, lembrou que as questões de desenvolvimento devem ser trabalhadas juntamente às financeiras. “Nós temos que harmonizar e tornar essa colaboração mais eficiente entre entidades privadas e partes envolvidas. É por isso que nós estamos muito contentes de estar aqui participando nessa aliança”, salientou.

Painéis

O seminário exibiu painéis mostrando as práticas bem-sucedidas e a construção de parcerias para o combate à fome e à pobreza no Brasil e no mundo. André Quintão, secretário nacional de Assistência Social, participou de uma das apresentações e trouxe os resultados das boas práticas do governo brasileiro na Operação Acolhida. A iniciativa é uma resposta humanitária do Governo Federal para o fluxo migratório intenso de venezuelanos na fronteira entre os dois países.

Ele também destacou as ações socioassistenciais a migrantes e refugiados pelo Brasil. “Desde o início do governo Lula, estamos discutindo uma política nacional de acolhimento para migrantes e refugiados”, explicou. “Precisamos apresentar para o mundo uma política pública onde a dignidade humana e o combate à fome e à pobreza sejam a prioridade”, acrescentou.

Também presente no evento, a secretária nacional de Renda de Cidadania do MDS, Eliane Aquino, falou sobre o desempenho do Programa Bolsa Família na redução das desigualdades. “Ao longo de duas décadas de existência, podemos ver o avanço que o Bolsa Família deu às famílias brasileiras e como é importante para aquecer a economia”, comentou.

O debate entre os representantes governamentais, sociedade civil, academia, atores de desenvolvimento e humanitários deve resultar em recomendações sobre enfrentamento à fome e à pobreza, sobretudo entre populações em situação de deslocamento forçado, para diálogo na Cúpula do G20 Social, que ocorre no Rio de Janeiro, entre 14 e 16 de novembro.

Reprodução: Acnur Brasil

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