Notícia

Luis Miguel Modino

A Basílica de São Pedro acolheu na manhã deste 7 de maio de 2025 a Missa Pro Elegendo Pontífice, onde a Igreja rezou pelo Conclave que inicia às 16:30 horas, no horário de Roma. O Colégio cardinalício, os 133 eleitores e aqueles que já completaram 80 anos, participaram de uma celebração presidida pelo decano, o cardeal Re.

O amor muda o mundo

O purpurado italiano destacou que “o amor é a única força capaz de mudar o mundo”. Ele comparou o momento atual da Igreja com o dia de Pentecostes, afirmando sentir “unido a nós todo o povo de Deus, com o seu sentido de fé, de amor ao Papa e de espera confiante.” Uma celebração para “para invocar a ajuda do Espírito Santo, para implorar a sua luz e a sua força, a fim de que seja eleito o Papa que a Igreja e a humanidade precisam neste momento tão difícil e complexo da história”, afirmou.

Segundo o cardeal Re, “rezar, invocando o Espírito Santo, é a única atitude justa e necessária, enquanto os Cardeais eleitores se preparam para um ato de máxima responsabilidade humana e eclesial e para uma escolha de excepcional importância; um ato humano pelo qual se deve deixar de lado qualquer consideração pessoal, tendo na mente e no coração apenas o Deus de Jesus Cristo e o bem da Igreja e da humanidade”.

Construir a “civilização do amor”

Analisando o texto do Evangelho lido, ele disse que “o amor que Jesus revela não conhece limites e deve caracterizar os pensamentos e as ações de todos os seus discípulos”, para construir a “civilização do amor”. Um amor que em Jesus se concretiza em que “abaixou-se para servir os outros, lavando os pés dos Apóstolos, sem discriminação, sem excluir Judas, que o trairia”. Algo que tem a ver com o pedido que o profeta Isaias fazia aos Pastores a amar “até à entrega total de si mesmo”. Textos que fazem “um convite ao amor fraterno, à ajuda recíproca e ao empenho em favor da comunhão eclesial e da fraternidade humana universal”.

O cardeal italiano disse que o sucessor de Pedro deve “fazer crescer a comunhão”, insistindo em que seja “não uma comunhão autorreferencial, mas totalmente orientada para a comunhão entre as pessoas, os povos e as culturas”. Junto com isso manter a unidade na Igreja, que “é desejada por Cristo, uma unidade que não significa uniformidade, mas comunhão sólida e profunda na diversidade, desde que se permaneça plenamente fiel ao Evangelho”. O Papa que é “a rocha sobre a qual a Igreja é edificada”.

Um Papa segundo o coração de Deus

O decano do Colégio Cardinalício, refletiu sobre a figura de Pedro, que sempre retorna em cada Conclave, e sobre a eleição na Capela Sistina. Ele pediu orações para que o Espírito Santo, “nos conceda um novo Papa segundo o coração de Deus, para o bem da Igreja e da humanidade”. O Papa que “melhor saiba despertar as consciências de todos e as energias morais e espirituais na sociedade atual, caracterizada por um grande progresso tecnológico, mas que tende a esquecer Deus”.

Segundo o cardeal Re, “o mundo de hoje espera muito da Igreja para a salvaguarda daqueles valores fundamentais, humanos e espirituais, sem os quais a convivência humana nem será melhor nem beneficiará as gerações futuras”. Para isso, ele pediu o auxílio de Maria, “para que o Espírito Santo ilumine as mentes dos Cardeais eleitores e os torne concordes na eleição do Papa de que o nosso tempo necessita”.

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