Depois da finalização da assembleia sinodal, em Roma, representantes da REPAM-Brasil participaram em diversas atividades pela Europa. A partir de convites de algumas instituições, religiosos, padres e bispos partilharam as experiências em diferentes países com grupos interessados em ouvir os encaminhamentos e as reflexões do Sínodo para a Amazônia.
Uma parte da agenda foi organizada pela Misereor – Obra Episcopal da Igreja Católica Alemã para a Cooperação e o Desenvolvimento que apoia uma série de projetos na Pan-Amazônia. Regina Reinert, representante de Misereor no Brasil acompanhou Ir. Maria Irene Lopes, diretora executiva da REPAM, em uma série de visitas, reuniões e atividades para palestras e partilhas sobre o Sínodo na Alemanha.
Além das atividades junto às instituições ligadas à Misereor, Ir. Irene também visitou o escritório da Adveniat, organização dos católicos da Alemanha em vista da solidariedade com os povos da América Latina e do Caribe. “Tanto as instituições que temos visitado, quanto as pessoas que temos encontrado, todas estão muito interessadas em saber os resultados do Sínodo. O que a Europa pode fazer em prol da Amazônia é a pergunta repetida em todos os lugares por onde temos passado”, afirmou Ir. Maria Irene.
De acordo com a religiosa existe uma preocupação muito grande da Igreja da Europa em colaborar com a Igreja na Pan-Amazônia. “Isso é de engrandecer muito porque a gente percebe que não está sozinho, que existem outras forças que estão nos apoiando, nos ajudando a pensar e a refletir sobre toda essa realidade da Amazônia. E o Sínodo tem realmente provocado muitas reflexões e muitas esperanças em todas as pessoas que a gente tem conversado”, completou a diretora da REPAM-Brasil.
Dom Roque Paloschi, arcebispo de Porto Velho e presidente do Conselho Indigenista Missionário/Cimi, também participou de várias atividades na Itália e na Alemanha para partilhar sobre o Sínodo. “O sínodo despertou paixão, provocou reflexão, convidou muitas pessoas a dar passos, sobretudo nessa grande solidariedade com os pobres, mas também com o compromisso da casa comum”, destacou Dom Roque. Para o bispo os diálogos realizados com diferentes grupos podem ajudar a pensar nas atividades de partilha também em solo brasileiro. “Eu penso que é também para nós, no Brasil, um excelente exemplo perceber o interesse de universidades, de escolas, de grupos específicos em debater os caminhos do sínodo e buscar também perspectivas para eles aqui”, concluiu o presidente do Cimi.
A Conferência Episcopal Francesa recebeu Dom Mario Antônio da Silva, segundo vice-presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil/CNBB, para falar do Sínodo. Dom Erwin Krautler participou de uma série de atividades sobre o Sínodo na Ástria e na Alemanha. Pe. Dário Bossi, assessor da REPAM-Brasil e membro da Rede de Igrejas e Mineração, e o Pe. Paulo Suess, assessor do Cimi, também conversaram, partilharam e palestraram sobre o Sínodo em atividades na Alemanha.
Os trabalhos pela Europa terminaram nessa sexta-feira (8/11), com a realização de uma celebração de adesão ao Pacto das Catacumbas com bispos, padres, religiosos e leigos da Alemanha. Uma extensão do ato e compromissos firmados por alguns dos participantes do Sínodo e de outros que estiveram acompanhando a assembleia sinodal em Roma.