Ampliar, fortalecer, melhorar e fomentar a horta comunitária é o objetivo do projeto apoiado pela REPAM-Brasil no município de Itaporã do Tocantins, na diocese de Miracema. A proposta da horta comunitária é a geração de renda para as famílias em situação de vulnerabilidade da região.
De acordo com Márcia Torres, umas das articuladoras do projeto, ele nasce da necessidade das pessoas da comunidade, de famílias com renda muito baixa, ausência de emprego e a falta de ajuda. “A diocese tinha um terreno e lá então surgiu o projeto”, explicou Márcia.
A hora comunitária de Itaporã foi criada em 21 de junho deste ano, com o espírito da comunidade e com serviço voluntário. A ideia partiu de uma religiosa que atua na região e a Caritas diocesana se somou na proposta. A horta ocupa uma área de 1500 metros. Segundo Márcia torres, a REPAM veio fortalecer e ampliar a proposta da horta comunitária.
Hoje 97 pessoas participam do projeto e desse total 35 são mulheres. Ao todo, 28 famílias são beneficiadas pela horta comunitária. “Devido a pandemia, cada família tem um horário para atuar, cada uma com seu canteiro para cuidar na horta, seja pela manhã ou tarde. Quando um não pode ir eles se entreajudam”, esclarece Torres sobre a rotina de trabalho na horta.
“A princípio, todos se ajudavam, trabalhavam juntos, mas com a pandemia foi preciso ajustar no cuidado com o outro, com a suade do outro. Uso de álcool em gel para higienizar os equipamentos é obrigatório”, alerta a agente de pastoral.
Quando o projeto começou tudo era bem mais rústico na horta. Porém, com as ajudas conseguidas nos projetos foi construída uma cobertura no espaço, mais material de trabalho como enxadas e rastelo, também foram adquiridos. Antes só era plantado alface, coentro e cebolinha. Hoje a produção foi ampliada para rúcula, penino, quiabo, abobrinha, maxixe, couve e outras verduras e hortaliças, e também frutas como maracujá e mamão.
De acordo com Márcia Torres, o sonho da comunidade é construir uma horta maior, para atender mais famílias e fazer de lá uma horta com selo orgânico. “Porque lá a gente não trabalha com adubo químico, tudo o que a gente trabalha é da terra, lá não é usado agrotóxico e nem adubo inorgânico. Lá tudo é natural, tudo é feito sem veneno. O esterco é de galinha, de carneiro e de compostagem”, explicou Torres.
Para a agente de pastoral da Cáritas, o projeto causou um impacto muito positivo na vida das pessoas. “A comunidade tira de lá seus recursos para comprar seus alimentos. Eles doam hortaliças para os festejos da Igreja e para famílias que precisam”, declarou. Ainda, segundo Márcia, o projeto tem ajudado na auto-estima da comunidade que, agora, consegue ter perspectiva de vida. “A horta para eles é a segunda casa, uma segunda família. A hora de ir para a horta é hora de alegria, é da terra que se tira o sustento, é da terra que vêm as coisas boas”, explicou Márcia como os participantes do projeto enxergam a horta comunitária.
A REPAM é uma parceira envaida por Deus, foi num momento mais delicado que ela chegou”, afirmou a pastoralista sobre o apoio recebido pela REPAM-Brasil. “Num momento tão delicado da vida da comunidade a REPAM chegou e veio fortalecer”, completou.