Encerrou-se, na manhã desta quinta-feira (24), o Seminário de Autoproteção de Pessoas e Comunidades no Contexto da Pandemia da campanha “A Vida por um Fio”. Lideranças do território, representantes das instituições parceiras e convidados participaram, de modo on-line, do encontro que refletiu sobre as redes de atuação da campanha no território e apontou caminhos para a proteção de defensores de direitos humanos.
Abrindo o debate, a ouvidora da Defensoria Pública do Estado do Pará (DPE), Norma Miranda Barbosa, falou sobre o papel dos ouvidores e da defensoria na proteção dos defensores de direitos humanos.
Norma defendeu o ouvidor como um elo entre a sociedade civil e a defensoria e afirmou que a defensoria é a porta de entrada para a escuta da sociedade civil. Para ela, a articulação entre os movimentos sociais, sociedade civil e os ouvidores é fundamental para garantir a proteção de lideranças e de grupos mais vulneráveis.
O coordenador de articulação da REPAM-Brasil, Rialdo Viana, apresentou os destaques e as reflexões provocadas pelos convidados ontem (23).
Acompanhe as discussões do primeiro dia do Seminário aqui
Após o momento de memória, o padre José Boeing, representante da REPAM-Brasil na campanha A Vida por um Fio, convidou os participantes a refletirem sobre a importância da atuação em rede e destacou as redes de proteção articuladas via Campanha.
Josiane Gamba, da Sociedade Maranhense de Direitos Humanos (MNDH), ressaltou a importância de se articular as redes internacionais, nacionais e regionais para garantir a vida dos defensores e defensoras de direitos humanos em todo o país.
Para Eliza Lopes, coordenadora da equipe técnica federal do Programa de Proteção aos Defensores de Direitos Humanos, Comunicadores e Ambientalistas (PPDDH), um dos primeiros desafios é, enquanto sociedade civil organizada, como podemos pensar para além dos atores estatais. Ela também aponta como desafio a atuação e articulação em rede e a necessidade de um marco legal, que fortaleça a atuação dos programas de proteção.
Partilha em Grupo
Os participantes realizaram um momento de diálogo em grupos, a partir da reflexão sobre os caminhos para fortalecer as redes de proteção em cada território. Foram 7 grupos, que em seguida partilharam brevemente, em plenária, os principais pontos de diálogos e compromissos que devem ser assumidos pela Campanha.
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A Campanha
A Campanha de Autoproteção de Comunidades e Lideranças Ameaçadas – A Vida por um Fio é uma das respostas ao Sínodo da Amazônia, realizado em 2019, no Vaticano. A campanha foi construída a partir da parceria entre diversas organizações da sociedade civil que lutam por Direitos Humanos e as Pastorais e organismos da Igreja Católica.
Comunicação REPAM-Brasil