Bispos do Regional Norte 1 e Noroeste, da CNBB, reunidos com Papa Francisco por ocasião da visita ad Limina. Foto: Arquivo Pessoal Dom Evaristo Spengler.

Por Rosa M. Martins

REPAM-Brasil

A conclusão  é de Dom Edson Damian, presidente do Regional Norte 1, ao final da visita ad Limina dos bispos dos Regionais Norte1 e Noroeste da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), que finalizou na sexta, 24 de junho.

Entre as atividades realizadas durante a visita, os bispos visitaram alguns dos departamentos do governo da Igreja Católica que compõem a Cúria Romana. “Foi uma experiência muito boa visitar os Dicastérios, pois, em todos eles se respira a Praedicate Evangelium, a Cúria Romana a serviço do Papa e das conferências episcopais”, conta Dom Edson Damian, enfatizando que durante a visita “nos deram a liberdade para falar e para expor nossas preocupações e nos escutar com muito respeito e atenção”.

Dom Edson afirmou, ainda, que a importância desta visita ad Limina está no fato de que todos retornarão entusiasmados e cheios de esperança com a confirmação de que a missão na Amazônia precisa continuar. A abertura da do Santo Padre e da Cúria Romana como um todo para a escuta e o interesse pelas questões da Amazônia, fortalece. “É um tempo novo para nossa Igreja. Voltamos para a Amazônia com muita esperança, alegria e, sabendo há escuta, isso nos ajudará muito, sobretudo para aplicar as conclusões do Sínodo para a Amazônia, como a inculturação do Evangelho, a liturgia inculturada e,  inclusive, insistem em que façamos um rito amazônico para as nossas Igrejas”, afirmou.

O arcebispo de Manaus, Dom Leonardo Steiner, em entrevista à Vaticanews, ressaltou, também, a acolhida dos Dicastérios. E depois eu senti em quase todos os Dicastérios uma palavra de gratidão para com os bispos. Nós sabemos que alguns deles vivem realmente como grandes missionários, vivem de maneira simples, para não dizer pobres. Um exercício enorme de deslocamento pelos rios, às vezes 15 dias para alcançar a última comunidade e tudo mais. Isso surpreendeu os Dicastérios. Eles também souberam dar uma palavra de gratidão. É a Igreja que está ali.

Dom Leonardo entrega ao Papa Francisco o Documento de Santarém

Foi marcante para os bispos e para a Igreja do Brasil, o momento de encontro de cada bispo com o Papa Francisco. Cada um levou para o Papa Francisco a vida, a esperança, a cultura dos povos de cada Diocese, através de uma lembrança.

O arcebispo de Manaus, Dom Leonardo Steiner no momento da entrega do Documento de Santarém ao Papa Francisco., na segunda, 20 de junho, em Roma. Foto: Arquivo Pessoal/Dom Leonardo U,Steiner.

Na ocasião, dom Leonardo Ulrich Steiner, entregou ao Papa Francisco o Documento de Santarém, recém-elaborado durante o IV Encontro da Igreja Católica na Amazônia Legal, por ocasião dos 50 anos do Documento de Santarém/1972. “Ao receber o Documento, o Papa prometeu lê-lo e nos estimulou muito a continuar no caminho da evangelização”, relatou Dom Leonardo sublinhando que o encontro foi muito fraterno, aberto e direto. “Ele nos incentivou a implementar o Sínodo e a Querida Amazônia e nos agradeceu pela missão que realizamos no território. Durante o tempo que estivemos com ele, várias vezes fez referência ao empenho das Igrejas particulares que estão na Amazônia”, contou à REPAM-Brasil em entrevista exclusiva.

 Presidente da CPT entrega relatório sobre conflitos no campo

Vale ressaltar, ainda, o encontro do bispo da Prelazia de Itacoatiara, AM, e presidente da Comissão Pastoral da Terra (APT), Dom José Ionilton Lisboa de Oliveira. À ocasião ele entregou ao Papa Francisco o relatório de conflitos no campo, cuja violência tem ressaltado aos olhos do povo brasileiro e requer especial atenção. Só em 2022, 22 mortes aconteceram no campo, no Brasil.

 

Campanha #EuVotoPelaAmazônia

Dom José Ionilton entregou ao Papa Francisco a camiseta referente à Campanha “#EuVotoPelaAmazônia”. A Campanha que é uma iniciativa da Rede Eclesial Pan-Amazônica(REPAM-Brasil), quer chamar a atenção da sociedade para a importância de eleger candidatos que contemplem em seus programas de governo o cuidado da Amazônia, suas florestas e seus povos.

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