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A Amazônia é mundialmente conhecida por sua riqueza e cultura exuberante, porém, tal riqueza é uma das mais ameaçadas do mundo. A exploração predatória de recursos naturais, o desmatamento e a falta de políticas públicas efetivas colocam em risco a sobrevivência de muitos povos e espécies animais e vegetais.

No entanto, existem iniciativas locais que buscam promover a agroecologia e o Bem Viver na região, contribuindo para a proteção e defesa dos povos e da floresta. Ana Cecília Costa, educadora, agrônoma, especialista em segurança alimentar e agroecologia faz parte de um desses projetos, atuando como Diretora Social da Associação de Mulheres Trabalhadoras Rurais de Santarém (AMTR). Para ela, falar de bem viver na Amazônia é falar de luta, resistência, perseverança e graça.

A agrônoma relata que o projeto de estruturação da feira agroecológica da AMTR atua como uma ferramenta de ação para o fortalecimento dessa atividade, que tanto contribui para autonomia financeira das mulheres agricultoras. “Ele destaca o protagonismo feminino nas organizações, contribui na visibilidade dos produtos agroecológicos oriundos dos quintais produtivos dos pólos em que a AMTR atua, foca no resgate das memórias afetivas relacionadas ao interior e insere a juventude feminina nas atividades relacionadas à coletividade”, diz.

Ana Cecília também fala sobre a importância das atividades locais para contrapor os projetos de destruição da natureza. “Em Santarém, as organizações envolvidas na defesa da Amazônia estão cada vez mais em coletividade para contrapor os projetos de destruição da natureza. Destaco aqui as várias ações formativas que estão ocorrendo, tais como: encontros regionais, fóruns, audiências públicas e oficinas (segurança alimentar, agroecologia e políticas públicas, como PNAE e PAA)”, explica.

A AMTR também atua na formação de parcerias. “Formamos parcerias com instituições como a Universidade Federal do Oeste do Pará – UFOPA, FASE Fundo Dema, PSA, cursos integrativos, editais de projetos que fortalecem as organizações, feiras da agricultura familiar, formação de coletivos jovens que defendem o seu território (Exemplo: Guardiões do Bem Viver do PAE Lago Grande), fortalecimento da educação do campo (Exemplo: retomada das Casas Familiares Rurais que estavam com estavam enfraquecidas)”, salienta.

Dessa forma, é fundamental dar visibilidade e apoio a tais iniciativas, que podem contribuir de forma significativa para a proteção e defesa da Amazônia e dos povos que nela habitam. É necessário reconhecer a importância da agroecologia e da economia solidária como formas de preservar o meio ambiente e garantir o Bem Viver das comunidades, e incentivar políticas públicas que valorizem e fortaleçam essas práticas.

1 comentário

  1. A divulgação de ações e projetos que acontecem na Amazônia, para uma população que vive fora dela é de suma importância para buscar mais vozes na defesa da mesma .

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