Não há solução para a crise climática sem a Amazônia. A Amazônia está à beira do colapso, devido às atividades predatórias de corporações agropecuárias, monoculturas, plantio de sementes transgênicas, agrocombustíveis, mineração legal e ilegal, extração e derramamento de petróleo, biopirataria e megaprojetos hidrelétricos, mega infraestruturas, tráfico de drogas e crime organizado. 

Os governos dos países da Amazônia não paralisam essas atividades e, ao contrário, as agravam de forma dantesca, como é o caso do Bolsonaro. Os governos dos chamados países desenvolvidos não proíbem a importação de produtos que desmatam e destroem a Amazônia. A Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC), que se reúne pela 26ª vez em Glasgow, na Escócia, também não adota medidas para enfrentar as causas estruturais da destruição da Amazônia. Ao contrário, a UNFCCC apoia novos mercados de carbono para florestas, como a iniciativa LEAF (Lowering Emissions by Accelerating Forest finance), promovida pelos governos dos Estados Unidos, Reino Unido, Noruega e por várias empresas transnacionais, como Bayer, Nestlé e Amazon. Da mesma forma, por meio do Fundo Verde para o Clima, acaba de aprovar um empréstimo de US $ 279 milhões para apoiar o investimento privado no Fundo de Bioeconomia da Amazônia, administrado pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento. 

Chega de lucrar com a tragédia humana e as mudanças climáticas! A Amazônia não é um objeto, mas sim um sujeito com direitos, é casa e território de povos indígenas, quilombolas, ribeirinhos, seringueiros, caboclos, camponeses, mulheres, jovens e moradores de cidades amazônicas. O reconhecimento e o respeito aos territórios indígenas e aos povos que habitam esse território são vitais para salvar a Amazônia e evitar o colapso climático. 

Diante dessa situação, convocamos a Assembleia Mundial sobre a Amazônia e a Crise Climática, que se realizará virtual e presencialmente, em paralelo à COP 26, no âmbito da Cúpula dos Povos em Glasgow, Escócia, na terça-feira, 9 de novembro, às 14h do Reino Unido, 8h do Equador, Colômbia e Peru, 9h da Bolívia, Guiana e Venezuela e 10h do Brasil (Brasília), Guiana Francesa e Suriname. 

Para participar virtualmente pelo Zoom, cadastre-se no seguinte link: shorturl.at/iqrGN 

Se você estiver em Glasgow durante a COP 26, vá ao Centre for Contemporary Arts, localizado na 350 Sauchiehall St, Glasgow G2 3JD. Para aderir a esta autoconvocação, preencha o seguinte formulário: https://forms.gle/ruqZcxUPXVm2GSoZA 

A Amazônia nos chama. Juntos podemos evitar o ecocídio, etnocídio e genocídio em curso e salvar a Amazônia, que é essencial para a estabilidade do ecossistema da Terra. 

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