Desenvolver atividades produtivas com comunidades indígenas do Povo Krepym Katejê/Timbira, em vista da soberania alimentar, promovendo sustentabilidade econômica na Terra Indígena Geralda Toco Preto, a partir dos saberes tradicionais do Povo Krepym, acrescentando elementos do Sistema Agroflorestal Sintrópico (SAF) é o objetivo do projeto apoiado pela REPAM-Brasil em Barra do Corda/MA, na diocese de Grajaú.
O ideia do projeto surgiu durante a partilha das cestas básicas, neste tempo de pandemia, às comunidades indígenas da região. Fez-se um diálogo com as comunidades a fim de ver e escutar a realidade deles. “Na terra Indígena Geralda Toco Preto as aldeias manifestaram o desejo de serem ajudadas nas seguintes demandas: roça comunitária – plantio de cereais, legumes e frutas nativas e plantadas, conforme costume dos antepassados”, explicou Ir. Marinete Silva.
Para isso, as comunidades precisavam de ferramentas e sementes. “Eles sonham assegurar a soberania alimentar, produção para o auto sustento e para comercialização. Desejam também uma despolpadeira para aproveitar as frutas, caititu para a casa de farinha, etc.”, partilhou a religiosa sobre os sonhos da comunidades em relação ao projeto apoiado pela REPAM-Brasil.
Nas ações desenvolvidas nas aldeias Esperança, Geralda Toco Preto e Sibirino, cerca de 70 famílias estão sendo beneficiadas. Segundo Ir. Marinete do que já foi colocado em prática destaca-se o primeiro passo do projeto, que foi a escuta e o diálogo com as comunidades indígenas. Logo depois foi feita a parceria com a REPAM-Brasil. Outro passo foram reunião e diálogo com as lideranças indígenas para articulação da Oficina de implantação do Sistema Agroflorestal Sintrópico na Terra Indígena Geralda Toco Preto.
“Na atual conjuntura brasileira de desgoverno, desmonte de direitos indígenas, descaso e morosidade dos órgãos competentes, especialmente neste tempo de pandemia, as comunidades indígenas sentem-se apoiadas com a solidariedade da Igreja Católica e REPAM”, destacou Ir. Marinete sobre a percepção das comunidades apoiadas. Ainda, de acordo com a religiosa que coordena o projeto. eles acreditam que a Igreja e a REPAM cuidam e se importam com eles, ajudando a atender as necessidades básicas, a resistir e a buscar pelos direitos deles.