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Por CNBB | Foto: Willian Bonfim – Ascom CNBB

A Comissão Especial para a Ecologia Integral e Mineração da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) reuniu-se na segunda-feira, 11 de setembro, para refletir sobre seu papel, identidade e missão e também para apontar os rumos de seu planejamento para os próximos anos.

Segundo o bispo de Livramento de Nossa Senhora (BA) e presidente da Comissão, dom Vicente Ferreira, como um dos primeiros pontos da pauta, à luz da Encíclica Laudato Si’, os membros da Comissão estudaram a conjuntura com foco nos impactos dos grandes empreendimentos de mineração, geração de energia eólica e do agronegócio no mundo e no Brasil buscando escutar os gritos da Terra e dos pobres.

“Estes projetos do desenvolvimento continuam com uma perspectiva extrativista causando graves feridas à Terra e, sobrecarregando, sobretudo os pobres”, apontou.

Dom Vicente chama a atenção para um conceito, expresso na Laudato Si’, de que tudo está interligado: ser humano e a natureza. “A gente não pode continuar destruindo a terra em nome de um aparente benefício que na verdade é para poucos e que vem causando tantas feridas”, disse.

Laudato Si’ e Sínodo para a Amazônia

Olhando para estes projetos globais e que atingem o Brasil, dom Vicente disse que os integrantes procuraram compreender qual o papel da Comissão Especial para a Ecologia Integral e Mineração da CNBB. “Esta comissão tem o papel de articular, conscientizar os bispos, criar grupos de trabalho e comissões nos regionais para acolher o que a Igreja pede, sobretudo a partir da Laudato Si’ e do Sínodo para a Amazônia”, afirmou.

Além da identidade da Comissão, dom Vicente deu ênfase à participação, na reunião, do bispo auxiliar de Brasília e secretário-geral da CNBB, dom Ricardo Hoerpers, que dialogou com o grupo sobre o itinerário que estão propondo.

Na reunião, o grupo também refletiu sobre a organização, sustentabilidade da Comissão, projetos e pautas concretas de trabalho, entre elas a organização da participação, enquanto Igreja, na Conferência do Clima das Nações Unidas Cop-30, em 2025, os 10 anos da Laudato Si’, a participação na Campanha da Fraternidade 2025 e presença junto às dioceses que têm realidade de conflitos em seus territórios.

Dom Vicente disse ainda que a Comissão vai promover diálogos e entreajuda às entidades e organismos eclesiais que atuam na pauta da Ecologia Integral, como o Conselho Indigenista Missionário, REPAM-Brasil, Comissão Pastoral da Terra e também para fora da Igreja com organizações da sociedade.

 

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