Notíciafoto Celam

Por Carlos Tubay

De 6 a 8 de novembro, representantes da região Pan-Amazônica se reúnem em Puyo, no Equador, para refletir sobre os desafios e conquistas da REPAM na região, reafirmando seu compromisso com a justiça socioambiental e os direitos humanos. Este evento comemora o décimo aniversário da Rede Eclesial Pan-Amazônica (REPAM), que teve origem em 2013 em Puyo e foi formalizada em 2014.

Representantes das Redes Nacionais de Bolívia, Colômbia, Equador, Guyana Francesa, Peru, Venezuela e Brasil participam da Assembleia Geral, junto com integrantes dos Núcleos Temáticos e Instituições irmãs da Europa. Do Brasil, participam o presidente da REPAM, Dom Evaristo Spengler e a Secretária Geral, Irmã Irene Lopes.

Monsenhor Rafael Cob, presidente da REPAM, destacou a importância deste encontro para avançar na conversão integral e levantar as vozes contra as injustiças na região. Dom Adalberto destacou a Txarly Azcona, como sinal de caminhada da Igreja com rosto amazônico, e palavras que nos acompanham na luta e na caminhada junto aos povos que sofrem na Amazônia: Indignação, resistência, esperança e alegria. E fomos convidados a colaborar plenamente no “Cuidado da nossa casa comum”.

A vice-presidente, Irmã Carmelita da Conceição, sublinhou a necessidade de planejar o futuro e fortalecer a missão da REPAM. Durante o encontro serão discutidos temas de direitos humanos, justiça socioambiental e foram avaliados os três anos do Plano Pastoral, buscando fortalecer a articulação interna e externa da Rede para o enfrentamento dos desafios da Amazônia.

Na próxima parte do Encontro foi exposta a realidade do bioma amazônico de cada país. Um fator comum é o extrativismo e a exclusão social, porém o problema do garimpo ilegal e da poluição cruel do meio ambiente é o que mais entristece a Amazônia, e consequentemente todos os tipos de doenças que se desenvolvem devido ao uso de produtos químicos. É uma dor comum.

Como projeção destas realidades, somos convidados a ser estratégicos, a cuidar dos sentimentos do povo, da sua cultura, da sua vida e da sua dignidade como missão da Igreja com rosto amazónico. Uma proposta da teoria da mudança surgiu na apresentação de Juan Esteban Guarderas Cisneros de Miserior, na qual a narrativa como um todo e o compartilhamento são essenciais na caminhada da nossa rede. Continuamos a inovar no processo de partilha no comitê ampliado.

Por Carlos Tubay

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