Está reunido em Brasília, no Centro Cultural Missionário/CCM, o Comitê Executivo da REPAM. Membros da presidência, membros dos comitês dos 9 países que compõem a Rede, além de convidados, participam da atividade que pretende discernir e assumir os frutos e desafios resultantes do processo do Sínodo para a Amazônia.
Na oração de abertura da reunião, realizada na manhã de quinta-feira, Maurício Lopez, secretário executivo da REPAM, destacou a importância de se resgatar a história da fundação da Rede e não perder de vista os rostos das pessoas que estão nos territórios. Ainda, refletiu sobre a importância do Sínodo na caminhada da REPAM. “Esta experiência sinodal talvez seja para nós como um tempo de refundação da Rede”, afirmou Lopez. “Como esse processo sinodal me transformou, em nível pessoal, e que novidade ele nos traz como REPAM?”, questionou o grupo o secretário executivo da Rede.
O cardeal Cláudio Hummes, presidente da REPAM, juntamente com o Cardeal Pedro Barreto, vice-presidente, seguiram refletindo com o grupo sobre a caminhada da Rede até o momento. Em um ambiente de reflexão e contemplação, os cardeais retomaram alguns marcos da caminhada e da identidade da REPAM. Em seguida, o cardeal Michael Czerny, subsecretário da Seção de Migrantes e Refugiados do Dicastério para a Promoção do Desenvolvimento Humano Integral, que é convidado para a reunião, trouxe alguns apontamentos sobre o Sínodo para a Amazônia. De acordo com o cardeal o Sínodo é uma receita para o futuro. “Não se preocupem sobre o futuro da REPAM, o importante é devolver os Sínodo ao povo”, destacou o cardeal Czerny.
Cada um dos nove países presentes na reunião apresentou a o seu contexto nacional durante a análise de da realidade de conjuntura contemplando os gritos da terra e dos pobres, as alianças e os novos caminhos a partir das quatro conversões apontadas pelo Sínodo (pastoral, cultural, ecológica e sinodal). Para Ir. Maria Irene Lopes, diretora executiva da REPAM-Brasil, a presença dos países de língua inglesa (Guiana) e de língua francesa (Guiana Francesa) enriquecem o conjunto da Pan-Amazônia. “É um momento muito rico de se repensar os caminhos e processos da Rede para os próximos anos”, concluiu Ir. Irene.
Dom Joel Portella, secretário geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil/CNBB esteve presente no encontro. Em nome da presidência da CNBB ele deu as boas vindas ao grupo em Brasília e comentou sobre a importância da REPAM na articulação dos processos na Pan-Amazônia. “A Rede tem um papel fundamental nesse processo de continuidade do Sínodo, principalmente no contato com as comunidades”, destacou Dom Joel.
A reunião segue até sábado (14), quando o grupo pretende definir as estratégias e o caminho para retornar aos territórios da Pan-Amazônia e os que estão fora dela, mas acompanham a missa da REPAM, os frutos do Sínodo.