Amanhã, o Congresso Internacional de Direitos Humanos da Amazônia abrirá suas portas para um diálogo crucial sobre justiça climática e os direitos dos povos da floresta. Organizado pelo Governo do Estado do Pará, o evento traz como tema central: “Direitos Humanos, Justiça Climática e Autodeterminação dos Povos da Floresta”. A iniciativa, conduzida pela Secretaria de Igualdade Racial e Direitos Humanos, busca compreender e debater como as comunidades que vivem em territórios amazônicos enfrentam a crescente crise climática e suas consequências na garantia dos direitos humanos.
Para aprofundar as expectativas em torno desse congresso, conversamos com Joana Menezes, articuladora da REPAM para a COP 30.
Expectativas sobre o congresso
Joana ressalta que o evento representa uma oportunidade importante de trazer à luz a pauta que o Brasil apresentará na COP 30. “Espero que este evento nos traga pontos de esclarecimento sobre como os povos e comunidades tradicionais, lideranças dos territórios e maretórios realmente serão ouvidos. Precisamos que as vozes daqueles que cuidam da biodiversidade sejam centrais nesse debate.”
Temas essenciais a serem discutidos
O evento foi estruturado para abordar a relação direta entre a crise climática e as violações aos direitos humanos, colocando o foco nos guardiões da Amazônia: povos indígenas, ribeirinhos, mulheres quebradeiras de coco e agroextrativistas. Joana destaca que essas populações detêm conhecimentos fundamentais para a preservação do meio ambiente e a construção de soluções duradouras.
Atenção urgente do Brasil
Joana alerta para a necessidade urgente de incluir essas comunidades nas decisões políticas: “O Brasil precisa ouvir os povos das florestas, das águas e dos mares. Esses grupos não são apenas vítimas das mudanças climáticas, mas também protagonistas de alternativas sustentáveis e justas para a conservação ambiental.”
O congresso se configura como um momento essencial para reforçar a necessidade de justiça social e climática, ressaltando que o futuro da Amazônia e do planeta depende de um diálogo inclusivo e de ações efetivas.
A REPAM estará presente no evento, acompanhando os debates e reafirmando seu compromisso com a luta pelos direitos humanos e pela preservação da Amazônia.