A Mobilização dos Povos pela Terra e pelo Clima apoiou a realização do 3º Encontro de Formação sobre a COP30, promovido em parceria com o Movimento Popular de Mulheres, que reúne lideranças do Pará, Maranhão e Tocantins.
O encontro contou com a participação de Suzete Kourliandsky (Coletivo Mahura) e Maria de Jesus (Mulheres Teresinas e Movimento Popular de Mulheres), que compartilharam suas experiências na luta das mulheres pela defesa dos territórios e da soberania ambiental. Maria Goreth trouxe um panorama histórico das Conferências do Clima (COPs), destacando avanços e desafios, enquanto Dom Zanoni, arcebispo de Feira de Santana e membro da Pastoral Afro do Brasil e América Latina, abordou a responsabilidade coletiva na defesa da Casa Comum. Mayara Lima, da equipe de comunicação do projeto de articulação da REPAM rumo à COP30, contribuiu com reflexões sobre Economia e Justiça Climática.
“Nossa fé nos ensina que somos responsáveis uns pelos outros e pela Casa Comum. O profetismo de Francisco nos desafia a ir às periferias, a sair da inércia e assume um compromisso real com a justiça social e ambiental.” – disse o arcebispo, Dom Zanoni.
Com a presença de mais de 40 participantes, o encontro fortaleceu vínculos e traçou estratégias para ampliar a influência política das comunidades mais afetadas pela crise climática na COP30. Ao discutir não apenas aprofundaram o entendimento sobre os desafios globais, mas também reafirmaram o compromisso coletivo de garantir que todas as vozes sejam ouvidas nos espaços de decisão.
“A juventude já vive com a chamada ansiedade climática, e quando colocamos toda a responsabilidade sobre eles, isentamos os líderes atuais de cumprirem suas metas.”, disse a jornalista Mayara Lima.
Durante o encontro, diversas vozes influentes contribuíram com suas perspectivas únicas sobre a crise climática e estratégias coletivas de enfrentamento:
Suzete Kourliandsky e Maria de Jesus trouxeram experiências inspiradoras da luta das mulheres pela defesa dos territórios e da soberania ambiental.
Maria Goreth contextualizou historicamente as Conferências do Clima, destacando avanços, desafios e a importância da participação da sociedade civil.
Entre os encaminhamentos definidos, destacam-se:
- Fortalecimento da formação de lideranças populares, garantindo maior representatividade na COP30;
- Articulação com outras organizações para ampliar a participação de comunidades tradicionais e periféricas;
- Produção de materiais educativos acessíveis, facilitando o engajamento popular no debate climático;
- Expansão da presença digital, fortalecendo a comunicação e mobilização nas redes.
A Mobilização dos Povos pela Terra e pelo Clima segue comprometida em garantir que as vozes das comunidades mais impactadas pela crise climática sejam protagonistas na COP30. As formações fazem parte desse esforço, ampliando o acesso à informação e fortalecendo a articulação nos territórios.
Este é apenas mais um passo na caminhada rumo à justiça climática – um compromisso que se estende antes, durante e depois da COP30.