Notícia

Por Dom Evaristo Pascoal Spengler, presidente da REPAM-Brasil 

Neste 5 de junho, Dia Mundial do Meio Ambiente, somos chamados a renovar nossa responsabilidade com a Casa Comum. Em tempos de crise climática, queimadas e degradação de biomas inteiros, a data é um alerta — mas também uma oportunidade de esperança, aprendizado e reconexão com a terra. 

Durante missão recente da REPAM-Brasil ao Jalapão, no Tocantins, encontramos um cerrado vivo, mas ainda é necessária uma vigilância nessa preservação e cuidado com sabedoria pelas comunidades locais, especialmente pelos povos quilombolas. Aprendemos com eles que é possível viver em harmonia com o meio ambiente: colher sem destruir, usar com respeito, sem romper os ciclos da natureza. 

Essas práticas nos ensinam que o cuidado ambiental não é apenas técnico, mas espiritual e comunitário. É um gesto de fé, como nos lembra o Papa Francisco na Laudato Si’: tudo está interligado. Cuidar da criação é cuidar da vida, da justiça, das futuras gerações. 

Na Amazônia, há muitas realidades — são várias “Amazônias” com seus rios, florestas, povos indígenas. No cerrado, a força da resistência comunitária e a beleza do capim dourado nos mostram que cada bioma tem seu valor e merece ser protegido. 

Neste Dia Mundial do Meio Ambiente, que possamos escutar mais a sabedoria dos povos, valorizar quem vive e cuida do território e transformar nossa fé em compromisso prático: preservar, plantar, cuidar, regenerar. 

Que sejamos, juntos, defensores da vida e da criação. Porque proteger o meio ambiente não é opção — é dever de amor, justiça e fé. 

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