Começou na manhã desta segunda-feira, 27 de novembro, de forma virtual, o Encontro do Comitê Ampliado da Rede Eclesial Pan-Amazônica (REPAM-Brasil). Refletir sobre a caminhada e pensar ações para a próximo ano com base nas prioridades da Rede é o objetivo do encontro, que segue até terça-feira (28).
Mais de 70 pessoas – entre a presidência da REPAM-Brasil, colaboradores, representantes dos núcleos e comitês da Rede, lideranças, secretários regionais e convidados, participaram do evento.
O arcebispo de Palmas e vice-presidente da REPAM-Brasil, Dom Pedro Brito Guimarães, acolheu os participantes e ressaltou a importância do encontro, que avalia os passos da Rede em 2023. “Essa reunião ela tem dois olhares. Um olhar que é de retrospectiva, que é a avaliação, que também é dar valor. Nós vamos dar valores positivos das nossas andanças. E o segundo olhar perspectivo, um olhar para o nosso amanhã, nossos horizontes. Esses dois olhares eles se interagem nessa reunião”, salientou.
Irmã Maria Irene Lopes, secretaria executiva da REPAM-Brasil, agradeceu a participação e afirmou que o encontro oferecerá um espaço de reflexão e diálogo sobre as práticas e ações da REPAM-Brasil.
Durante o encontro, os representantes dos regionais da CNBB na Amazônia partilharam os desafios e os sinais de esperança do território. O aumento da violência, garimpo, impactos dos grandes projetos de desenvolvimento na Amazônia, a seca e o efeito das mudanças climáticas foram alguns dos temas destacados pelas lideranças.
Os participantes contaram ainda com uma análise da realidade amazônica, com base nos relatos apresentados pelos regionais, conduzida pelos assessores Márcia Oliveira e o Padre Ricardo Castro.
“Nós já ultrapassamos aquele limite de recuperação da Terra e o cenário está se agravando cada vez mais. Temos que aprender a lidar com as consequências das mudanças climáticas ou tentar frear essas questões”, destacou o padre Ricardo Castro.
Márcia Oliveira ressaltou que os relatos apresentados deixam claro que existe um projeto de destruição da Amazônia em curso. “A história da Amazônia é uma história marcada por violência e para lidar com essa violência, seja no campo ou na cidade, a gente tem sempre que lembrar que ela é histórica. É uma questão muito grave e que realmente precisamos aprender a lidar com ela. Está aí a importância de conhecer melhor as possibilidades do bioma, de conhecer e estudar mais sobre o nosso bioma, para combate essas violências”, afirmou.
Ainda pela manhã, a secretaria executiva apresentou o resultado da avaliação, realizada pelos Comitês Locais e Núcleos Temáticos da REPAM-Brasil, no segundo semestre deste ano. Na terça-feira (28), a programação segue com as apresentações das prioridades da Rede e o planejamento das ações para 2024.
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