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Foi realizado em Palmas (TO), de 27 a 28 de junho, a Assembleia de instalação da Cáritas Brasileira Regional Norte 3 para fortalecer ação da organização na Amazônia. Sob a bênção da semana de São Pedro, o evento foi organizado no Centro Pastoral Divino Mestre, com acolhimento da equipe da Cáritas Arquidiocesana de Palmas, e abertura do evento comandada pelo arcebispo de Palmas e presidente do Regional Norte 3, dom Pedro Brito. O bispo da diocese de Miracema (TO), dom Philip Eduard Roger Dickmans, e bispo referencial do Regional Norte 3, também marcou presença.

A gestão nacional do organismo da CNBB estava representada por Cleusa Alves, vice-presidenta da Cáritas Brasileira, e Carlos Humberto Campos, diretor-executivo nacional. A composição do evento celebrativo contou ainda com mais bispos da CNBB regional Norte 3, representantes das dioceses do Norte 3, representantes de entidades-membros locais, do Conselho Regional Pastoral, de empreendimentos acompanhados pelas Cáritas da região, da Comissão Sociotransformadora e da Comissão de Justiça e Paz da CNBB Regional Norte 3, representantes do Inter-regional Norte (das Articulações Norte 1 e Noroeste e o do Regional Norte 2) e membros da equipe da assessoria do secretariado nacional.

Identidade, incidência, espiritualidade, sinodalidade e missão da Cáritas foram o centro da programação do primeiro dia, que culminou com o processo eletivo da equipe do secretariado regional.

Dom Pedro Brito enfatizou a importância do encontro para que todos e todas que fazem parte da rede consigam perceber onde se sedimenta o rosto da Cáritas. “A Cáritas não é uma associação, não é uma fundação. A Cáritas é muito maior. Precisamos ter a consciência da experiência da Igreja de Deus que queremos instalar aqui.” Já Dom Philip Eduard Roger Dickmans complementou sobre a necessidade de favorecer a visibilidade das ações, já que “agora o Regional tem seu CNPJ e tudo tem que ser ampliado”.

Este é o 13º escritório regional da Cáritas Brasileira. A vice-presidenta da Cáritas Brasileira, Cleusa Alves, indica os significados deste evento de instalação para o fortalecimento de Rede: “para nós, a fundação do Regional Norte 3 é a consolidação de mais um passo nesse sonho que a gente já tem de anos – de ter uma presença mais fortalecida aqui na Amazônia”, disse.

Segundo ela, a decisão de instalar o regional já é de um tempo. “Então, ter o regional aqui significa que nós conseguimos dar passos e passos efetivos nessa presença articulada, nessa presença tão importante aqui na região amazônica, na região Norte. Então, a gente consegue neste momento juntar forças, juntar lideranças, juntar vontades e num projeto mais institucional, mais fortalecido, para que a nossa missão enquanto organismo da CNBB e da Igreja Católica possa se colocar de forma mais efetiva, a serviço, sobretudo das populações mais empobrecidas aqui da região”, avaliou.

Já de acordo com Carlos Humberto, a instalação do novo regional “significa muito não só para a ação pastoral, na perspectiva da promoção e também da organização das comunidades. A instalação do novo regional significará muito para a Rede Cáritas! Na nossa Assembleia de novembro, nós contaremos já com esse novo regional. Um novo regional que nasce é mais uma estrela de fortalecimento da Rede Cáritas”.

A programação da assembleia incluiu uma apresentação sobre a próxima etapa do Programa de Convivência com a Amazônia – Nhandereko-Há, ação que fortalece a atuação das Cáritas na região, consolidando as perspectivas e a compreensão sobre a construção de alternativas de convivência com os territórios.

Gestão do regional

Durante o evento de instalação, foi realizada a indicação por votação do secretário regional e dos titulares e suplentes do Conselho Regional. A composição escolhida por unanimidade conta com Amilson Rodrigues Silva como novo secretário regional; Samuel dos Reis Viana, Maria Istélia Coelho Folha, Edson Marques dos Reis e Ana Augusta Carneiro de Souza como titulares do conselho regional; e Márcia Torres Barbosa e Tatiana Soares de Oliveira como suplentes.

Para o novo (e primeiro) secretário executivo da Cáritas Brasileira Regional Norte 3, Amilson Rodrigues, o marco de instalação “é o reconhecimento de um trabalho que já vem sendo feito. Significa que a Cáritas [no Norte 3] cresceu como um regional com autonomia. Melhor dizendo, surge porque a gente tem condição agora de criar uma estrutura própria a nível regional. Antes nós vínhamos trabalhando apenas com as Cáritas Diocesana, cada uma dentro do seu território”, disse.

De acordo com ele, hoje a Cáritas pode atuar em todos os territórios do Regional Norte 3, porque com a criação e  instituição jurídica, com o CNPJ, a organização pode pode atuar de forma direta. “Então pra nós é um sonho que vem sendo sonhado há muito tempo. É uma gestação que vem sendo gestada ao longo do tempo e hoje a gente colhe os resultados dessa nova entidade que surge, que nasce no meio do cerrado tocantinense”, recordou.

Cáritas do futuro

Amilson Rodrigues apontou ainda os primeiros desafios no campo da infraestrutura de trabalho: organizar um espaço físico próprio e investir na manutenção de equipe, combinada com a expectativa de fortalecimento do voluntariado e a ampliação da rede local com parcerias de execução.

Segundo ele, ao olhar par ao futuro vê: “uma Cáritas alegre e potente, com um número maior de entidades membros aqui no Regional. A nossa Cáritas do futuro estará em todas as dioceses, tendo Cáritas implantadas. Pensamos na ampliação do número de Cáritas paroquiais, porque assim nós vamos atender melhor o nosso povo. Nós vamos ter condições para que a Igreja faça melhor o seu trabalho evangelizador, melhor o seu trabalho pastoral. [A Cáritas do futuro chegará] quando ela tiver as estruturas sociais, as estruturas que dão suporte para a ação evangelizadora da Igreja nesse território”, projetou.

Fonte: CNBB

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