Partida da Irmã Elizabeth Araci Rondon Amarante deixa legado de amor e dedicação aos povos indígenas
Fonte Renan Dantas – Diocese de Juína
Imagem Renan Dantas
Uma vida dedicada à missão indigenista
A notícia da partida da irmã Elizabeth Araci Rondon Amarante, aos 90 anos, deixou uma profunda tristeza naqueles que tiveram o privilégio de conhecer sua história de vida marcada por 45 anos de dedicação incansável aos povos indígenas, especialmente ao povo Myky no estado de Mato Grosso. Sua decisão de viver na aldeia do povo Myky, às margens do rio Papagaio, demonstra sua inabalável determinação em compartilhar sua vida com essa comunidade e lutar por seus direitos territoriais.
Gilberto Vieira, missionário do CIMI-MT, relembra com gratidão o impacto de sua primeira interação com a irmã Elizabeth, durante um curso de verão em São Paulo. Foi ela quem despertou nele o interesse pela missão junto aos povos indígenas. Fausto Campoli, outro missionário indigenista, destaca sua consistência, coragem, alegria e esperança, que serviram de inspiração para tantos outros se engajarem na causa.
Os diários de Irmã Elizabeth, um testemunho histórico
Durante seus 45 anos de convivência com o povo Myky, a irmã Beth registrou diariamente a vida e as lutas dessas comunidades indígenas. Seus diários são um tesouro de conhecimento, revelando não apenas o cotidiano do povo Myky, mas também eventos históricos significativos. Eles representam um registro valioso da luta por direitos, igualdade e justiça, abraçando cada pedacinho da história desses povos indígenas.
Homenagem da Diocese de Juína
A Diocese de Juína, lamenta a partida da Irmã Elizabeth Araci Rondon Amarante, ocorrida em 3 de março de 2024, aos 90 anos de idade. Sua trajetória de 45 anos dedicados aos povos indígenas, especialmente ao povo Myky em Brasnorte – Mato Grosso, deixa um legado imensurável de amor e serviço. Sua decisão de viver entre os Myky, à beira do rio Papagaio, demonstra uma determinação inabalável em compartilhar suas vidas e lutar por seus direitos territoriais.
Reconhecendo e agradecendo pelo seu cuidado e convivência na plena comunhão com a cultura Myky. Que Deus a acolha nas moradas eternas e que seu trabalho prossiga através de outros missionários como ela. Sua partida deixa um vazio, mas seu legado de amor e serviço permanecerá vivo nos corações daqueles que foram tocados por sua generosidade e compromisso.
Gratidão
A partida da irmã Elizabeth Araci Rondon Amarante deixa um vazio na comunidade indigenista, mas seu legado de amor, serviço e compromisso com os povos indígenas perdurará para sempre. Sua vida foi um testemunho inspirador de dedicação incansável e solidariedade inabalável, que continuará a guiar e inspirar aqueles que lutam pela justiça e pela igualdade. Que sua memória seja uma fonte de força e inspiração para todos nós, enquanto continuamos a trilhar o caminho da missão e do serviço aos mais necessitados. Que seu exemplo continue a brilhar como uma luz de esperança em meio às sombras da injustiça e da desigualdade, lembrando-nos sempre do poder transformador do amor e da compaixão.