O Papa Francisco acolheu, nesta quarta-feira, 23 de fevereiro, o pedido de renúncia apresentado por dom Milton Antônio dos Santos (SDB) ao governo pastoral da arquidiocese de Cuiabá (MT), por motivo de idade, conforme o cânon nº 401 do Código de Direito Canônico. Foi escolhido pelo Santo Padre como sucessor de dom Milton o bispo de Roraima (RR), dom Mário Antônio da Silva, atual segundo vice-presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). A Presidência da CNBB saudou o novo bispo e enviou agradecimentos ao novo bispo emérito.
Trajetória de dom Mário Antônio da Silva
Nascido em Itararé (SP) em 17 de outubro de 1966, dom Mário Antônio da Silva estudou Filosofia e Teologia no Seminário Maior Divino Mestre, da diocese de Jacarezinho (PR). Possui mestrado em Teologia Moral pela Pontifícia Universidade Lateranense de Roma, na Itália.
Foi ordenado diácono em 2 de fevereiro de 1991. Em 21 de dezembro do mesmo ano, foi ordenado padre em Sengés, no estado do Paraná, por dom Conrado Walter. Era chanceler da diocese de Jacarezinho quando foi nomeado bispo auxiliar de Manaus no dia 9 de junho de 2010.
Sua ordenação ocorreu na Catedral de Jacarezinho em 20 de agosto de 2010, em celebração presidida por dom Mauro Aparecido dos Santos, arcebispo de Cascavel. Escolheu como lema episcopal “Testemunhar e Servir”. A missa de acolhida na arquidiocese de Manaus aconteceu no dia 12 de setembro de 2010, na Catedral Metropolitana Nossa Senhora da Conceição.
Em 2015, foi eleito durante a 53ª Assembleia Geral da CNBB como presidente do regional Norte 1, que compreende o Estado de Roraima e o norte do Amazonas, para o quadriênio de 2015-2019. Também foi referencial da Comissão para a Animação Bíblico-Catequética da CNBB.
Em junho de 2016, foi nomeado pelo Papa Francisco como sexto bispo de Roraima, tomando posse em setembro do mesmo ano.
Em 6 de maio de 2019, durante a 57ª Assembleia Geral da CNBB, foi eleito segundo vice-presidente da entidade para o quadriênio 2019-2023. Atualmente, preside a Cáritas Brasileira.
Bispo emérito de Cuiabá (MT)
Dom Milton Antônio dos Santos é o quinto arcebispo de Cuiabá. Nasceu em 23 de setembro de 1946, em Campos do Jordão (SP). Ordenou-se padre em 22 de dezembro de 1974, em Pindamonhangaba (SP), pela congregação dos Salesianos de dom Bosco. Após a vivência do noviciado em Pindamonhangaba, em 1964, fez sua profissão religiosa em 31 de janeiro de 1965.
Foi coordenador da Pastoral no Seminário Menor (1975-1980); Diretor do Colégio Salesiano São José, Sorocaba-SP (1981-1985); Diretor do Liceu Coração de Jesus São Paulo-SP (1986-1991; Estudos em Roma: preparação para Mestre de Noviços (1992); Diretor e Mestre de Noviços, São Carlos-SP (1993-1995); Diretor da Editora Salesiana Dom Bosco, São Paulo-SP (1996-1998); Diretor-Presidente do Provedor de Internet Cidadanet – Rede da Cidadania; Diretor do Colégio Salesiano Santa Teresinha, São Paulo-SP (1999-2000).
Cursou Teologia, na Universidade Pontifícia Salesiana (UPS) Roma, na Itália, e Filosofia, no Instituto Teológico Pio XI, São Paulo-SP (1971-1974). No Instituto Salesiano São José, Lorena-SP, cursou Filosofia e Letras com Inglês (1965-1967). Também possui a qualificação em formação vocacional (UPS) Roma, Itália (1992).
Foi eleito bispo da diocese de Corumbá no ano 2000, sendo sagrado no mesmo ano. Seu lema episcopal é: “Deus é amor e misericórdia” (1 Jo 4,16 – Tg 5,11). Em 2003, dom Milton foi nomeado arcebispo coadjutor da arquidiocese de Cuiabá e, em 2004, sucedeu a dom Bonifácio como arcebispo na mesma Igreja Particular. Com a morte de dom Franco Dalla Valle, bispo da diocese de Juína, foi nomeado administrador apostólico daquela diocese, entre o período de 2 de agosto de 2007 a 12 de novembro de 2008.
Foi coordenador da Comunicação Social e da Educação e Ensino Religioso do Regional Oeste 2 da CNBB.
É autor dos livros: “Coragem de rezar”, “Perdão sem limites”, “Rezar a vida”, “Um Espiritualidade do novo milênio, todos publicados pela Editora Salesiana. Ele foi o último arcebispo a receber das mãos do então Pontífice João Paulo II o Pálio Sagrado, em Roma, no dia 29 de junho de 2004.
Fonte: CNBB
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