Na noite desta terça-feira, 1º de outubro, a delegação da Rede Eclesial Pan-Amazônica/REPAM-Brasil que atua de Brasília/DF e estará em Roma durante o Sínodo para a Amazônia recebeu a benção de envio. A secretária executiva da Rede, irmã Maria Irene Lopes dos Santos, o coordenador de articulação, Leon Patrick Sousa, Joaquim Alberto e padre Laudimiro Borges embarcarão nos próximos dias para o Vaticano.
A missa, com a memória de Santa Teresinha do Menino Jesus, intercessora dos missionários, motivou a reflexão do presidente da celebração, padre Antony Francis Yonas, sobre a mensagem de Deus a todos seus filhos e colaboradores de sua missão.
“Para a Igreja, somos chamados e enviados não para ficar aí passivamente, mas para realizar plenamente a nossa missão de anunciar a mensagem de Jesus e construir a paz que supera a divisão a guerra, a destruição”, refletiu.
Os missionários, reforçou o padre indiano que vivencia a missão ad gentes no Brasil, devem continuar a missão confiada por Jesus, de “construir o Reino dos Céus na terra sem temer a perseguição e a morte”.
Durante a bênção de envio, foi proposta a simbologia do plantio de sementes de girassol. Daniela Gamarra, secretária do Centro Cultural Missionário, recordou que a missão ad gentes, proposta da convocação deste Mês Missionário Extraordinário, pode ser simbolizada pela parábola do semeador: “Semeamos através do nosso testemunho correspondendo ao amor que Jesus tem por nós. Semeamos e partimos. O cuidado dessa semente cabe a quem a recebe”.
Cada um dos enviados foi convidado a segurar um elemento desta proposta: a terra, a água, as sementes e vela. Ao final da celebração, os participantes plantaram girassóis que serão transplantados para o jardim em frente ao escritório da REPAM.
“O girassol sempre procura o sol. Que a gente, ao olhar o girassol, recorde o nosso Sol, a nossa direção, que é Jesus”, propôs Daniela.
O diretor do CCM, padre Jaime Gusberti, conduziu a bênção de envio e recordou o 12º Encontro Intereclesial das Comunidades Eclesiais de Base/CEBs, realizado em 2009, na cidade de Porto Velho. Para ele, ali começou a nascer o Sínodo para a Amazônia. Na ocasião foi marcante o lema “Do ventre da terra, o grito que vem da Amazônia”.
Após entoar o canto “Amazônia, ventre bendito”, padre Jaime contou que daquele encontro ficou uma marca profunda de um provérbio africano citado pelo saudoso dom Moacyr Grechi: “gente simples, fazendo coisas pequenas em lugares não importantes, conseguem mudanças extraordinárias”.
No envio, padre Jaime também destacou a figura de Santa Teresinha: “padroeira da missão, nunca saiu do convento, mas alargou o coração e tem um coração missionário, um amor imenso que nos desafia também a termos um coração dilatado para sermos discípulos missionários de Jesus”.