O bispo de Roraima/RR e segundo vice-presidente da CNBB, dom Mário Antônio da Silva, concedeu entrevista à rádio CBN, na manhã desta quinta-feira, 24 de outubro. Dom Mário falou sobre a dinâmica da assembleia sinodal iniciada em 6 de outubro, destacando algumas das temáticas que foram objeto de reflexão nas últimas semanas e estarão no documento final que será apresentado ao Papa Francisco. Questionado sobre as implicações políticas do Sínodo, dom Mário destacou a necessidade do comprometimento dos governos no cuidado das pessoas e da criação.

Sobre os trabalhos, dom Mário destacou que está é a terceira semana do momento mais próximo ao Papa, mas o processo sinodal é “algo que a gente vem vivendo com as comunidades da Amazônia desde 2017. É um momento conclusivo de uma etapa que depois se prolonga no pós-sinodal”.

Para dom Mário, “pensar em cuidar da Amazônia, das pessoas, da comunidade tem implicações religiosas, sociais e humanas e também implicações políticas”. O Sínodo interpela a todos como cristãos e como cidadãos, segundo avalia o bispo de Roraima. “E esperamos não só do governo brasileiro, mas também dos demais governos que estão na América Latina e fazem parte da Pan-Amazônia, que possam, em conjunto conosco, nos ajudar para que as determinações do Sínodo no tocante à Ecologia Integral sejam realizadas e efetivadas para o bem de nossas populações”.

Dom Mário também destacou a defesa à soberania do Brasil e, ao mesmo tempo “o cuidado para que o Brasil não se isole do cuidado das pessoas, da Amazônia e da Criação”.

Perguntado sobre o que foi partilhado por ocasião das sinalizações de oposição ao Sínodo por parte do governo brasileiro, dom Mário disse que os bispos consideram que é “preciso estarmos unidos não para um embate, mas para defender a vida”. Tanto da Igreja, quanto de governantes e outras instituições se espera “que não existam ameaças contra a vida do povo e contra o bem da criação que está na Amazônia”. Para dom Mário, os pontos de vista diferentes são pontos que distingue os que descordam, mas não devem ser motivo de ameaças, pelo contrário, devem motivar a serem cuidadores da criação e defensores do bem comum.

Confira a entrevista na íntegra.

 

 

 

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