Sínodo para a Amazônia foi pauta do Fórum Nacional das Pastorais Sociais. Realizado no Centro Cultural de Brasília/CCB entre os dias 31 de julho e 3 de agosto, o evento reúne membros das Pastorais Sociais, organismos e Setor de Mobilidade Humana da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) de 17 regionais. Dentre as propostas da atividade estão refletir sobre o momento sócio-político e eclesial, partilhar e avaliar a caminhada das articulações regionais e coordenações das pastorais sociais e rever os desafios pastorais atuais.
Ir Maria Irene Lopes, assessora da Comissão Especial para Amazônia/CEA e secretária executiva da Rede Eclesial Pan-Amazônica/REPAM foi convidada para apresentar a proposta da caminhada sinodal, os materiais de preparação e animação das comunidades e motivar os participantes do Fórum a se envolverem no processo do Sínodo. Juntamente com os colaboradores da REPAM e um integrante do grupo de assessores da Rede, Daniel Sidel, na tarde da última quarta-feira (01), Ir. Maria Irene apresentou um panorama geral da realidade da Amazônia e do Sínodo. “Acredito que essa realidade e todos os desafios que enfrenta a Amazônia tenha chamado a atenção do Papa Francisco e despertado para convocar o Sínodo”, afirmou a religiosa.
Depois de apresentar o Documento Preparatório e os materiais desenvolvidos para contribuir nas escutas dos territórios, Ir. Irene convidou dois participantes do Fórum para partilharem a caminhada sinodal em seus regionais. Martha Bispo, secretária executiva do regional Nordeste 5, partilhou sobre a primeira assembleia territorial realizada no Brasil. O Maranhão, segundo Martha, abriu as portas para o Sínodo num evento que reuniu mais de 100 pessoas, desde as bases das pastorais até movimentos sociais. “Foi uma maravilha! As lideranças e todos os participantes saíram do evento com o compromisso de multiplicarem as atividades de escutas em suas realidades em todo o regional”, concluiu Martha.
O diácono Francisco de Lima, secretário executivo do regional Norte 1, também falou sobre as atividades em vista do Sínodo no Amazonas e em Roraima. De acordo com Francisco, após reunião dos bispos do regional, em fevereiro desse ano, ficou definido que todas as atividades ao longo do ano contemplariam a temática do Sínodo, de forma a envolver a todas as pastorais, movimentos e organismos da Igreja local. Ele partilhou, ainda, que tão logo o Documento Preparatório foi lançado em Roma, em 8 de junho, no dia seguinte os coordenadores de pastoral do regional já estavam reunidos em estudo. “Nossa meta é ouvir todas as realidades do regional e como as distâncias são grandes não é possível ficar criando atividades, por isso optamos por aproveitar toda a agenda já construída para o ano”, explicou Francisco.
Após as falas e apresentações, o público presente no Fórum pode fazer perguntas e tirar dúvidas sobre o Sínodo para a Amazônia. Segundo Ir. Maria Irene, a proposta de se partilhar no Fórum o Sínodo é que todo o Brasil se envolva no processo e que os bispos motivem a participação de toda a Igreja. “O Sínodo para a Amazônia é da Igreja, precisamos que todos participemos e sejamos corresponsáveis nas escutas e respostas ao questionário”, convocou Ir. Irene.