Por Vilson Reis, da Arquidiocese de Belém
Na manhã da quinta-feira, 04 de julho, uma equipe de missionários com a participação de religiosos, diáconos permanentes e leigos da pastoral das ilhas da Arquidiocese de Belém, além do bispo da Diocese de Bragança, da secretaria executiva da CNBB Regional Norte 2, dos membros da Articulação REPAM-COP30 e da Coordenação Colegiada da Cáritas Regional Norte 2, embarcaram em direção a comunidade Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, na ilha do Maracujá, comunidade ribeirinha do baixo Acará, pertencente à Diocese de Abaetetuba, pastoralmente atendida pela Arquidiocese de Belém.
Em meio ao banzeiro das águas da Baia do Guajará, o vento que balança o verde das árvores, realça a esperança de um futuro em defesa das riquezas naturais, a comunidade aguardava ansiosa a chegada dos 10 membros da Porticus internacional, com sede em Amsterdã e escritório em São Paulo, que visita a comunidade para conhecer a realidade eclesial com os desafios pastorais, bem como o estilo de vida do povo, com suas riquezas naturais, costumes e a busca pela resistência da sua cultura.
Durante o encontro, o Bispo da Diocese de Bragança, Dom Raimundo Possidônio, que é estudioso da Amazônia, apresentou para os membros da Porticus, uma panorâmica histórica, geográfica, religiosa e cultural da região com a presença da Igreja na Amazônia.
Em seguida os membros da pastoral das ilhas destacaram as ações da presença da Igreja na comunidade ribeirinha. Após um intervalo, as lideranças da comunidade relataram os seus desafios e carências sociais como a falta de água potável, o destino do lixo, o escoamento de produção, como poupa e o fruto do açaí, um dos principais meio de sobrevivência da população, que sofre pela dificuldade do manejo do fruto.
Para a secretária executiva da CNBB, Regional Norte II, Cristiane Araújo “a visita da Porticus é um momento para que a comunidade de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, alimente a esperança em ter o acesso a água potável, como meio para desenvolver o projeto de agroindústria com a finalidade de escoar a sua produção local como fruto do açaí e polpa de frutas.”
A gerente programática da Porticus, Carolina Oliveira, ressalta “que esta visita mostrou para a Filantropia Internacional que é necessário trabalhar de forma integral, para conquistar os anseios da comunidade.”
Para o Bispo de Bragança, Dom Raimundo Possidônio, “o evento tem um caráter de esperança, diante das expectativas do povo da comunidade, e como Igreja, esta por sua vez, deseja ser ponte nesse processo,” destaca o bispo.
Os membros da Porticus muito atentos escutaram as ponderações, fizeram perguntas para os moradores e ao final ponderaram considerações com muito otimismo e disposição em buscar meios de parceria para a melhoria do povo da comunidade ribeirinha.