Banana, batata-doce, amendoim, inhame, mamão e plantas medicinais serão produzidas em um sistema agroflorestal da aldeia Xavante Marãiwatsédé, no município de Porto Alegre do Norte/MT. O projeto da prelazia de São Félix do Araguaia/MT tem apoio da Rede Eclesial Pan-Amazônica/REPAM-Brasil por meio da práticas socioambientais.
Os recursos destinados à aldeia xavante Marãiwatsédé, ajudarão na implantação de roça tradicional e de horta medicinal, com plantas nativas e frutíferas do Cerrado. De acordo José Gomes, um dos articuladores do projeto, outras quatro aldeias poderão ser beneficiadas com o valor destinado. Somente na fase inicial, devem ser beneficiadas mais de 500 pessoas, com maioria entre mulheres e crianças.
Com o sistema agroflorestal será possível “melhor aproveitamento do espaço, onde possa haver multiplicação de ervas medicinais para produção de xaropes e incentivo da produção agroecológica”, de acordo com os idealizadores. O espaço também será utilizado para aulas teóricas e experimentais, “fomentando nos educandos o interesse pela cultura de roças tradicionais e a preservação ambiental”, além de valorizar o conhecimento das raízes étnicas.
José de Arimateia, professor da escola estadual indígena Marãiwatsédé, conduziu alunos no plantio de bananeiras. Ele ressalta que, com esta iniciativa, haverá opções na alimentação para os próprios alunos da escola e também para toda a comunidade da aldeia.
É neste sentido que se esperam impactos positivos como consequência do projeto: na educação, produção de alimentos, fortalecimento da economia solidária e do trabalho comunitário, além de sensibilização para o consumo de produtos orgânicos. Tudo isso, a partir do objetivo de reflorestar, plantar roças tradicionais e preservar o ambiente “visando uma melhor qualidade de vida para comunidade Xavante”.
O projeto ainda prevê realização de oficinas teóricas e práticas sobre o solo, clima e a vegetação do bioma local, tanto na escola, quanto nas aldeias.