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No documento, as mulheres celebram as conquistas, reafirmam o compromisso com a igualdade de gênero e a justiça social. As mulheres continuam a ser desfavorecidas, apesar da sua grande participação na vida e no serviço pastoral. As mulheres continuam a viver num contexto violento de machismo, autoritarismo, clericalismo, marginalização, invisibilidade e exclusão, problemas que não permitem avançar na comunhão e na sinodalidade na Igreja e sociedade. 

A luta das mulheres na Pan-Amazônia é de extrema importância, pois elas são frequentemente as mais impactadas pelos problemas ambientais e sociais da região. Elas enfrentam desafios como degradação ambiental, perda de território e recursos naturais, violência de gênero, falta de acesso a serviços básicos como saúde e educação, entre outros. 

O manifesto foi divulgado no Fórum de Mulheres da Amazônia, a live foi transmitida no Dia Internacional da Mulher (8/3), o documento é em solidariedade a todas as mulheres do mundo que exercem sua missão e serviço sócio pastoral junto a Igreja e Sociedade. 

É um documento que expressa a voz das mulheres amazônicas que nos recordam vivamente que promover um tratamento digno e justo às mulheres na Igreja e sociedade não é uma questão de sensibilidade feminista, mas a procura de uma melhor resposta às exigências do Evangelho e o desejo sincero de contribuir para que nossa Mãe Igreja e sociedade responda às necessidades concretas e às exigências atuais na valorização, respeito a vida e missão das mulheres no mundo. 

A carta foi assinada pela REPAM (Rede Eclesial PanAmazônica) e da CEAMA (Conferência Eclesial da Amazônia). 

No documento, as mulheres da Amazônia destacam: 

“Nos dói muito que este sistema sexista, conservador e clericalista ainda se mantenha, com poucas oportunidades para as mulheres numa Igreja dominada por homens. Nos dói que em muitos espaços eclesiais exista uma “teologia patriarcal de subordinação, controle e dominação de pessoas, grupos e comunidades em relação a valores como o estatuto social, a raça, o gênero e a religião”.  

“Nos dói também o silêncio perante a grave situação de violação dos direitos das mulheres, a discriminação de gênero, a violência sexista, a diferença salarial, a falta de representação das nossas mulheres dirigentes, o aumento dos feminicídios, das ameaças, assédios e assassinatos de mulheres defensoras dos direitos humanos e do ambiente.” 

Clique aqui para baixar o documento em pdf ou leia, abaixo, a carta na íntegra: 

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