As duas religiosas, enviadas pela Rede Eclesial Pan-Amazônica/ REPAM-Brasil e a Conferência dos Religiosos do Brasil (CRB) em fevereiro, retornaram da missão no Amazonas na última quarta-feira, 13 de maio. Irmã Marilde Inês, da Congregação das Franciscanas de Cristo Rei, e a Irmã Lucisnei Rojas, da Congregação das Irmãzinhas da Imaculada, permaneceram durante três meses na cidade de São Paulo de Olivença, diocese de Alto Solimões, ajudando no combate à pandemia e no atendimento à pacientes com Covid-19.
Na época, o Amazonas enfrentava uma segunda onda da Covid-19 alcançando tristes recordes de mortes, casos e internações por Covid-19 e sofria, também, com a falta de médicos, insumos e oxigênio.
As religiosas acolhidas pela Paróquia São Paulo Apóstolo, em São Paulo de Olivença, contam que aos poucos foram conhecendo e se inserindo na realidade local, onde atuaram na linha de frente no combate ao coronavírus, na assistência hospitalar e na equipe de monitoramento domiciliar do município.
“Vivenciamos mais forte o sofrimento de Cristo encarnado neste chão, evidenciado ao contexto de pandemia e o descaso político social bem conhecido por todos”, destacou as religiosas.
Experiência Missionária
Durante o período, as irmãs partilharam a vida e a missão com a comunidade e definem esse tempo como “uma experiência missionária como voluntárias para a vida”.
Paras elas, a missão colocada em suas mãos ecoou como um grito de socorro. “Há três meses ouvimos o chamado repentino vindo através dos superiores de nossa Congregação e da CRB. Chamado este que ecoou em nosso coração como um grito de socorro para estender nossa mão solidária aos nossos irmãos e irmãs de uma certa região no Amazonas, que estavam sofrendo consequências graves da pandemia da Covid-19″, afirmou as irmãs.
“Sentimos forte a presença de Deus vindo ao encontro de suas ovelhas cansadas e doentes. Deus que na sua misericórdia e graça se manifestou e nos acompanhou todos estes dias”. Essa é a descrição das irmãs quando questionadas sobre a experiência com a missão.
As religiosas também destacaram os gestos bonitos de solidariedade e a atuação da equipe. “Uma equipe incansável no combate deste mal, junto a eles compartilhamos momentos de dor e morte, mas também a alegria pelas vidas estabilizadas e recuperadas”.
“Nosso muito obrigada às nossas Congregações: Irmãzinhas da Imaculada Conceição e Irmãs Franciscanas de Cristo Rei, CRB, REPAM, a dom Adolfo, padre Marcelo e irmãs Cordimarianas. Gratidão. Paz e Bem”, agradeceu Ir. Marilde e Ir. Lucisnei.
Pe. Marcelo agradeceu a REPAM-Brasil e a CRB e afirmou que as irmãs trouxeram muito mais do que mãos para ajudar, mas também esperança e sorrisos para os pacientes e seus familiares. “Hoje vocês retornam para as suas comunidades e darão continuidade as vossas missões. Se despedem, não com a mesma bagagem com que aqui chegaram: máscaras, luvas, agulhas, sementes e fitas, mas levam um pouquinho da história e cultura deste povo e de nós irmãs Cordimarianas e dos padres da nossa paróquia, o nosso carinho e gratidão pela vida e missão partilhadas”, afirmou o sacerdote.