Com cerca de 48 projetos apoiados e 15 atividades promovidas, a Rede Eclesial Pan-Amazônica/REPAM-Brasil chegou a mais de 15 mil pessoas, entre participantes e atendidos, ao longo de 2019. Encontros, assembleias, formações e apoios a projetos das comunidades e dioceses estão entre as realizações da Rede. Povos indígenas, ribeirinhos e quilombolas são 46% dos participantes das atividades.
Contabilizados a partir dos eixos de atuação da REPAM e do Sínodo, as atividades e projetos foram realizadas em todo o território da Amazônia brasileira e promovidos pela própria secretaria executiva ou em apoio e parceria com os territórios, por meio dos comitês, regionais, pastorais ou organismos eclesiais.
De acordo com a analista de projetos da REPAM-Brasil, a assistente social Arlete Gomes, o volume de atividades promovidas e apoiadas sinalizam o alcance e o reconhecimento da Rede pelos territórios. “É muito significativo ver que estamos atuando diretamente junto com as comunidades, diretamente nos territórios e sendo reconhecidos por eles”, destacou Arlete. Para ela, a meta para o ano de 2020 é estar ainda mais próximo das comunidades no acompanhamento e monitoramento in loco.
Em 2018 além das atividades realizadas em vista das escutas sinodais, que abrangeram toda a Amazônia brasileira, foram apoiados pela REPAM 8 projetos. Já em 2019 esse número saltou em 500%. “Esse salto significativo só nos traz mais responsabilidade, estamos chegando às comunidades e isso exige de nós uma articulação ainda maior em rede”, afirmou Ir. Maria Irene Lopes, diretora executiva da REPAM-Brasil.
Alguns dos projetos apoiados pela REPAM-Brasil em 2019:
Guardiões da Floresta
(Macapá/AP)
Objetivo: Aprofundar o conhecimento das causas e das consequências do processo de aquecimento global e das mudanças climáticas, estabelecendo relações com o princípio central da defesa da vida, o bem viver e a justiça socioambiental, despertando para a consciência socioambiental e da ecologia integral, no compromisso com a Amazônia e seus territórios ribeirinhos na foz do Rio Amazonas, entre o Pará e o Amapá.
Público: cerca de 50 pessoas, entre lideranças comunitárias, agentes de pastorais, professores, estudantes e ativistas ambientais e ribeirinhos.
Seminário sobre Soberania Alimentar e Agroecologia na Amazônia
(Porto Velho/RO)
Objetivo: Campo e cidade refletir sobre a atual conjuntura brasileira e os novos desafios para a Amazônia, reafirmar a importância de produzir comida limpa e saudável, na busca da soberania alimentar. Feira com exposição e troca de sementes.
Público: cerca de 400 pessoas, entre homens e mulheres, quilombolas, indígenas, camponeses e ribeirinhos.
Formação Missionária e Pastoral Indígena
(Belém do Solimões – Tabatinga/AM)
Objetivo: Formar missionários e missionárias; formar comunidades católicas; descobrir vocações.
Público: 95 missionários indígenas (Ticuna e Cocama)
Intercâmbio Agroflorestal entre as dioceses de Coroatá e Bacabal
Objetivo: Motivar grupo de mulheres com experiências agroextrativistas na melhoria da gestão e controle ambiental de seus arranjos produtivos.
Público: cerca de 25 mulheres, jovens, quebradeiras de coco e quilombolas