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A Rede Eclesial Pan-amazônica (REPAM-Brasil) participou, entre os dias 10 e 11 de novembro, do Encontro do Comitê Ampliado da Rede Eclesial Pan-amazônica REPAM, na Casa Mornese, na Inspetoria Nossa Senhora da Amazônia, em Manaus. O encontro, que aconteceu de forma híbrida, reuniu lideranças de sete países que compõem a região Pan-Amazônica, tecendo redes de sinodalidade, comunhão, participação e missão. 

O encontro também contou a presença da presidência da REPAM e da Conferência Eclesial da Amazônia (CEAMA) e representantes de outras religiões e de instituições parceiras. Participaram pela REPAM-Brasil, a secretaria executiva da Rede, Irmã Maria Irene Lopes, e a articuladora territorial e representante do Núcleo de Mulheres REPAM, Dorismeire Vasconcelos.  

As reflexões tiveram como ponto de partida a análise de conjuntura sociopolítica e eclesial da Pan-Amazônia e a Síntese do Monitoramento do Plano Pastoral para buscar caminhos à implementação do plano diante das urgências ao ano de 2023.  

Segundo o secretário executivo da REPAM, Irmão Marista João Gutemberg Sampaio, o encontro reuniu não só colaboradores de países que integram a Pan-Amazônica, mas também da Europa, e acontece pela primeira vez em Manaus. 

“Este encontro já teve em outros países, como Colômbia, Equador, assim como também já aconteceu em Brasília e São Paulo. Esse ano é a primeira vez que é realizado em Manaus, até porque agora a secretaria executiva, que antes era sediada em Quito (Equador), agora está em Manaus. Hoje estamos reunidos nesses dois dias, de forma presencial e online, com participantes de sete países dos nove que compõe a rede pan-amazônica, para aprofundar o caminho da REPAM, ou seja, avaliando a caminhada e as ações em favor da Amazônia, dos seus povos, do nosso plano de pastoral e quais serão os novos passos a serem dados”, afirmou o secretário. 

Para a Irma Carmelita Conceição, vice-presidente da REPAM, foi um momento de reencontro com muita alegria. “Todo grito dos povos amazônicos, com essa problemática de invasão dos territórios, com as dificuldades da cultura tradicionais em sobreviver, a questão da soberania alimentar depois de uma crise sanitária, são muitos desafios, porém também temos muitas belezas a serem defendidas e protegidas na Amazônia”, ressaltou. 

Plano Pastoral da REPAM  

O Plano Pastoral da REPAM é composto por quatro orientações pastorais, que preconizam: escuta do clamor dos povos e da Terra, lutando por direitos e promovendo a dignidade; promover o diálogo intercultural e ser uma Igreja com rosto amazônico; cuidar da Casa Comum e promover a justiça socioambiental e o bem viver; tecer redes, construir alianças e fortalecer a sinodalidade e a eclesialidade. 

COP27: grito pela Amazônia e a Casa Comum 

Durante o encontro, em sintonia com a realização da 27ª Conferência do Clima da Organização das Nações Unidas (COP27), foram realizados momentos de orações e reflexões com o intuito de fazer ecoar os problemas sobretudo ligados à Amazônia.  

“A intenção do Comitê da REPAM, junto com representantes da igreja local e suas pastorais e movimentos, é rezar por esse momento e também dar um grito, fazendo um manifesto dizendo que estamos atentos a essa cúpula do clima e os governos do mundo inteiro possam realmente assumir o combate à crise climática e propor alternativas para que os mais pobres que estão sofrendo com essas mudanças, possam ter alguma saída. É um olhar a partir da Amazônia mas como diz Papa Francisco, é um cuidado com a nossa Casa Comum”, explicou o secretário-adjunto da REPAM, Rodrigo Fadul.  

Na quinta-feira, 10 de novembro, a REPAM divulgou um manifesto onde afirma que “sem a Amazônia, não há vida nem humanidade possível” e exige “mudanças radicais e urgentes”. Confira a íntegra do manifesto AQUI. 

*com informações da Arquidiocese de Manaus 

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