Por REPAM-Brasil com informações do Regional Norte 2
A presidência da Rede Eclesial Pan-Amazônica (REPAM-Brasil) participou no sábado, 27 de julho, da celebração de posse de Dom José Ionilton Lisboa de Oliveira como 5° bispo da Prelazia do Marajó (PA). A cerimônia de posse ocorreu na quadra do Colégio Stella Marins, em Soure, no Marajó, e foi presidida pelo Núncio Apostólico Dom Giambattista Diquattro.
Pela REPAM-Brasil, participaram o presidente e bispo de Roraima, Dom Evaristo Pascoal Spengler, o vice-presidente e arcebispo de Palmas, Dom Pedro Brito Guimarães, e a secretária executiva, Irmã Maria Irene Lopes.
A solenidade foi aberta com a leitura da Bula (decreto papal) de nomeação aos bispos, presbíteros e o povo de Deus Papa Francisco, pelo padre José Antônio Vasconcelos da paróquia Menino Deus da Catedral Nossa Senhora da Consolação, onde o Papa Francisco, diante da decisão do dicastério o nomeia bispo da Prelazia do Marajó “[…] ouvida a decisão do dicastério para os bispos, desligamos-lhe do vínculo da prelatura anterior e lhe nomeamos o bispo prelado e pároco da Prelazia Territorial chamada Marajó, com todos os devidos direitos concedidos e as devidas obrigações impostas, de acordo com as normas do direito canônico”, escreveu Papa Francisco na Bula papal.
Ao final da leitura da Bula, Dom José Ionilton recebeu das mãos de Dom Giambattista o Báculo, o símbolo do pastor. A sucessão apostólica aconteceu no sinal visível da comunhão da Igreja, e recebeu os cumprimentos e as boas-vindas dos presentes.
Padre Casimiro Antoni Skorski, administrador diocesano em suas palavras de acolhida apresentou a Prelazia do Marajó, seus municípios, os padres, e apresentou o povo marajoara como a sua maior riqueza “Coube a mim, um simples operário, preparar a nossa prelazia para a sua chegada. Na história dos 94 anos de caminhada da Prelazia do Marajó, hoje o senhor vai encontrar nove municípios, dez paróquias, dez padres agostinianos recoletos, três padres missionários de Fideldone da Polônia, três padres da comunidade Providência Santíssima, totalizando 26 padres trabalhando na prelazia. Várias comunidades de vida novas e seis seminaristas. E o povo que é a nossa maior riqueza dessas terras. […] Sua nomeação é um Ato de Fé para esta Igreja, seja bem-vindo, a casa é sua, fica à vontade, conte com a nossa colaboração”, disse o administrador que ficou quatorze meses à frente da administração da prelazia.
Em sua homilia Dom Jose Ionilton Lisboa de Oliveira relembrou as passagens do Evangelho deste 17º Domingo do Tempo Comum onde apresenta um Jesus missionário e questiona os presentes sobre a missão de cada um “no Evangelho de hoje vemos um Jesus que caminha até o outro lado da Galilea, um Jesus missionário. E nos questiono sobre o que podemos fazer como missionários na Igreja no Brasil, nos nossos regionais, na prelazia do Marajó, em Soure e nos demais municípios, paróquias que fazem parte de nossa prelazia. Para onde nós devemos ir em missão? Na primeira leitura Eliseu recebeu uma doação de 20 pães de cevada e trigo novo, que deu ao povo para que comessem, uma atitude de solidariedade com quem passa fome. E nós, sabemos ser solidários e partilhar o que temos com quem não tem nada?”, instigou Dom José Ionilton, que comparou o ato de Elias com o que a maioria do povo de Deus passa hoje.
“Minhas irmãs e meus irmãos quando a gente consegue fazer partilha todos comem e sobra sem partilha alguns comem e outros passam fome, mas a nossa fé cristã, católica, ensina o caminho da partilha quando a gente ouvir dizer que alguém passa fome saibamos nós é que não houve partilha, alguém ficou com a parte de outra pessoa”, e relembrou as palavras do Papa Francisco
“Para a humanidade a fome não é só uma tragédia, mas é também uma vergonha, em grande parte a fome é provocada por uma distribuição desigual dos frutos da terra a qual se acrescentam a falta de investimentos na agricultura, as consequências das mudanças climáticas e o aumento dos conflitos entre várias regiões do planeta.”
Dom Ionilton ao final, voltou a questionar os presentes sobre como cada um estava dando seu testemunho de Fé diante de tanta miséria e pediu para que o povo marajoara não ficasse só, que se mantivessem de pé, mantendo sua luta, na busca pela vida, por dignidade, por terra, trabalho e teto “você não está sozinho, você tem a gente, você tem a igreja, você tem a comunidade, você tem a paroquia, você tem a prelazia, você tem o regional, você tem a CNBB, conta com a gente, no amor. Ninguém faz isso obrigado, quem ama suporta o outro, ou seja, quem ama mantém o outro em pé, façamos isso”, disse o novo bispo da Prelazia do Marajó.
Após a Eucaristia, Dom Ionilton Lisboa recebeu homenagens e recordações, que foram iniciadas pelo arcebispo de Santarém e presidente do Regional Norte 2 Dom Irineu Roman, que em nome dos bispos e diretoria do Regional deu as boas-vindas e exaltou a alegria em recebê-lo “Nos sentimos muito felizes. Nós, bispos do Regional Norte 2, pela sua vinda aqui na Prelazia do Marajó e ao nosso regional. Somos muito agradecidos! Estamos juntos agora nessa missão, em nome dos Bispos do Regional. Portanto, nós da Presidência, Dom José Maria, Dom Antônio da Secretaria Executiva, Cristiane e eu o acolhemos com muita amizade […] uma tarefa nossa é trabalhar pela comunhão, pela unidade de todos. E a gente sabe aqui no regional, o quanto o clero também tem que enfrentar desafios muito grandes […] mas estamos juntos e o Espírito Santo está nos guiando, está nos ajudando nesse tempo em que o Papa nos pede a sinodalidade. Caminhar juntos é comunhão, participação e missão”, disse o presidente do Regional Norte 2.
O antecessor de Dom Ionilton, Dom Evaristo Spengler, bispo da Diocese de Roraima, convidou Dom Pedro Brito e a Irmã Maria Irene Lopes a acompanhá-lo nas boas-vindas, e apresentou aos presentes a diretoria da REPAM-Brasil, a qual Dom Ionilton faz parte como secretário. Ao dividir a fala com Dom Pedro, Arcebispo de Palmas, no Tocantins, apresentou a importância do trabalho junto as comunidades no Marajó.
“Você está vindo para uma prelazia que já tem 94 anos de história, você vem para uma terra que tem sim, problemas sociais e a Igreja, historicamente, já há décadas tem, em decorrência da sua Fé, enfrentado essa busca com muita força. Mas o maior tesouro desse arquipélago, dessas águas e dessas terras, eu posso dizer com toda certeza, é o povo marajoara, que é um povo de muita fé, é um povo acolhedor, é um povo que busca a Deus com todo o seu coração, que não distingue a sua vida e a sua fé. A Igreja é a sua vida no dia a dia”, disse Dom Evaristo, relembrando sua passagem pela Ilha.
Dom Pedro Brito enalteceu o trabalho realizado por Dom Ionilton como secretário da REPAM-Brasil: “a REPAM Está completando dez anos, nasceu sob a figura de Dom Cláudio Hummes, a quem nós temos muita reverência e muita deferência, e hoje está sob a nossa direção, a qual Dom Ionilton é o secretário, é aquele que guarda os segredos, é aquele que guarda os segredos bons. Mas hoje eu vim com uma missão, de lhe presentear com um símbolo que será a marca de seu trabalho, um barco, um símbolo que lhe fará navegar nesses mares tão bonitos da terra de Marajó, que lhe é ofertado com muita alegria, com muita fé, com muito amor, esse presente será importante para navegações, visitações, para o seu caminhar. Deus o abençoe!”, disse Dom Pedro.
O Cardeal Dom Leonardo Ultich Steiner, Arcebispo de Manaus e presidente do Regional Norte 1, expressou sua preocupação inicial quanto a nomeação de Dom Ionilton para a Prelazia do Marajó, mas o que ele encontrou acalmou o seu coração “eu queria agradecer primeiro a vocês [povo marajoara que não sabem a aflição que tinha no meu coração quando começaram a chegar as notícias daqui, foi uma aflição. E hoje, vendo aqui esse modo de receber, esse modo carinhoso de receber para ele [Dom Ionilton], para mim é um grandíssimo alívio e motivo de grande alegria de vocês. Fomos enviados pelo Papa Francisco para a Amazônia como missionários e nós estamos muito felizes por estar aqui, tanto Dom Ionilton quanto eu, estamos muito felizes por estarmos na Amazônia e podermos experimentar esse Dom da Fé, esse modo de ser das comunidades, esse modo de mostrar que a fé é aquilo que anima, conduz, é sempre de novo, fortifica”, disse o Cardeal.
A Comissão de Pastoral da Terra- CPT, fez-se presente através do presidente da coordenação nacional e das coordenações dos Regionais Norte 2 e Nordeste 5 que presentearam Dom Ionilton com a estola do frei João Xerri, um militante da solidariedade “junto com meus amigos do Maranhão e Pará queremos entregar um presente dos Dominicanos, esta estola pertenceu ao frei dominicano João Xerri, que teve uma vida totalmente dedicada aos pobres. Dom Ionilton, nessa simplicidade, nesse jeito baiano de ser que assumiu a Amazônia, é uma pessoa que tem muito a nos oferecer”, disse Carlos Lima, presidente nacional da CPT.
A Prelazia de Itacoatiara fez-se presente nas palavras do padre Danilo “nosso querido Dom José Ionilton. Muito obrigado! Na bula que foi lida no início dessa celebração, o Papa dizia as suas virtudes humanas e pastorais que todos nós passamos também a perceber ali de perto, no dia a dia, na convivência, na caminhada da sua maneira de viver, sua simplicidade na sua maneira de estar próximo, de amar as pessoas. E quantas vezes nós, como prelazia, tentamos amarrar seus pés, suas mãos, muitas vezes dizer o que eu devia ou não o senhor deveria falar. E nós fomos percebendo que isso era impossível, porque jamais seria possível calar a voz de um grande profeta ali no nosso meio. E com a sua maneira de viver o Evangelho, foi nos revelando que isso era próprio de Deus, na nossa vida, no nosso caminhar, sua presença no nosso meio. Provocou a nossa acomodação, provocou o que nos tirou do nosso conforto para viver de maneira autêntica ao Evangelho. Tudo isso vai ficar também no nosso coração. O senhor não veio embora de Itacoatiara, permanece nos corações que o Senhor adentrou, nos lares que lhe recebeu ali”, disse emocionado o padre que foi um dos assessores diretos de Dom Ionilton em Itacoatiara.
Ao falar do amor por Marajó, Frei João Manoel, secretário da Província São Tomás Vilanova, dos Agostinianos Recoletos, colou a sua Congregação a disposição para a continuidade da missão “Marajó é nosso amor, nossa pérola. Hoje em dia estamos em três paróquias, dez padres da nossa província fazemos nossa missão pelo Evangelho e por amor a Deus. Conte com a nossa comunhão, com o nosso apoio, com nossa entrega a esse povo marajoara que a gente tanto ama”, disse.
Representando o Papa Francisco, o Nuncio Apostólico Giambattista Diquattro a manifestou o desejo do Santo Padre “estou aqui para transmitir a proximidade e o afeto do Santo Padre Francisco para com Dom José Ionilton, com a Prelazia de Marajó. Esta atenção especialíssima do Papa se manifesta neste momento solene da história da Prelazia. E enquanto o Santo Povo de Deus se prepara para celebrar o próximo ano Jubilar, o ano no qual a Palavra, a Palavra, a chave para o caminho da Igreja Universal desta Igreja será a palavra sinodalidade, ou seja, comunhão no caminho, amor a Jesus, seus irmãos, amor pela Igreja, ou seja, no seu Espirito Santo e no seu desejo que todos nós estejamos em unidade com Ele”, e continuou contando sobre sua promessa a Dom Azcona.
“Quando eu visitei Dom José Luis Azcona Hermoso, assegurei de que rezaríamos pela sua saúde e agora convido a todos juntos a rezarmos pela saúde de Dom Azcona um Pai Nosso Pai” disse convidando os presentes a ficar de pé para a oração.
A Prelazia do Marajó ofertou ao seu novo bispo um remo, como um simbolismo as boas-vindas e o desejo de uma ótima missão “queremos entregar este remo como um símbolo que representa os marajoaras para que o Senhor possa somar a nós na missão de poder, junto com esse povo que na fé tem uma devoção muito bonita também a Nossa Senhora. Para o senhor poder navegar, poder remar por esses muitos rios que têm o Marajó. Queremos que o senhor se sinta acolhido em nossa Prelazia e some conosco, remando nesses rios”.
Ao final da celebração Dom Ionilton Lisboa, externou sua gratidão a todos que o acompanharam ao logo de sua vida e falou sobre sua nova missão na Prelazia do Marajó “vou dirigir essa mensagem a Igreja do Marajó, que me acolhe nesta noite para ser o seu quinto bispo ‘Eu estou no meio de vós como aquele que serve’, esse foi o versículo do Evangelho de Lucas 22, 27, que eu escolhi como meu lema de ordenação. Inicio hoje o meu serviço de Bispo aqui na Prelazia do Marajó do Marajó, com a disposição daquele que deve servir, seguindo o exemplo do Mestre Jesus.
[…] E estou aqui para somar com todas as forças vivas que já estão aqui fazendo a missão evangelizadora da Igreja acontecer. As forças de todas as vocações, dos leigos e leigas, ministros, ordenados, seminaristas, irmãos e irmãs da vida consagrada e das comunidades de vida. Vamos juntos e juntas trabalhar para fazer o Reino de Deus continuar crescendo nesse chão da Prelazia do Marajó.
Vamos continuar sendo uma Prelazia Evangelizadora, missionária, ministerial, samaritana e ecológica. […] tenho consciência que eu deverei ser, de modo especial, o bispo de quem mais precisarei de ajuda e apoio. Eu vim para ser o bispo de todas as pessoas, mas tenho consciência que deverei ser o bispo, de modo especial dos empobrecidos, dos excluídos, dos marginalizados, os preferidos de Jesus.
Eu vim para dar continuidade à missão dos nossos bispos que me antecederam aqui de modo particular dos últimos dois irmãos bispos, Dom José Luiz Azcona e Dom Evaristo Pasqual […] Eu vim, para dar continuidade à missão que eles já desenvolveram. É claro que com as necessárias e precisas adaptações, porque a realidade eclesial e social muda e, portanto, exige também mudanças no jeito da gente fazer a missão acontecer. Eu vim para continuar encarnando na realidade da Prelazia do Marajó, às orientações do Papa Francisco, da CNBB nacional e regional Norte 2, do Sínodo para a Amazônia […] Eu quero mandar a minha saudação aos moradores de cada município, católicos e não católicos, cristãos e não cristãos, crentes e não crentes que compõe a Prelazia do Marajó […] Rezem pelo meu serviço aqui na Prelazia de Marajó, eu sempre, desde o dia 3 de novembro, estou rezando por vocês. Nossa Senhora da Consolação interceda a Deus por nós […] E é claro, a nossa gratidão àquele que é a razão de ser de tudo que é o nosso Deus. Ele foi quem nos criou. Ele foi quem nos deu o Dom da Fé. Ele foi quem nos chamou a uma vocação. Ele foi quem nos confiou uma missão através da Igreja. Louvado seja Deus! Laudato Si!”, concluiu o novo bispo da Prelazia do Marajó, Dom José Ionilton Lisboa de Oliveira.
Biografia
Dom José Ionilton Lisboa de Oliveira é natural de Araci (BA) e nasceu em 09 de março de 1962, na Fazenda Chã, Araci (BA), filho de Antonia Pinheiro Oliveira e Alfredo Lisboa de Oliveira. Foi alfabetizado por sua mãe, em casa, cursou o primário no Colégio Dom Jackson Berenguer Prado, o curso ginásial e o ensino médio técnico em contabilidade foram realizados no Centro de Educação Municipal Oliveira Brito – CEMOB.
Trabalhou na roça, no plantio e colheita de feijão, milho e mandioca; em motor de sisal como cortador de palha, foi feirante em barracas de doces e bebidas, vendedor e entregador de jornais, engraxate, funcionário de uma barraca de revistas, frutas e loterias esportiva. Na cidade, foi empacotador de supermercado, e funcionário de um escritório de contabilidade. Sempre participou de sua paróquia de origem Nossa Senhora do Conceição do Raso, em Araci (BA).
Foi coroinha, membro de grupo de jovens, catequista de preparação para a primeira eucaristia infantil, participou de grupo de cantos. Participou do Curso de Conscientização Vocacional, realizado pela Congregação Vocacionista, em Araci (BA).
Formou-se em Filosofia no Instituto Nossa Senhora das Vitórias e em Teologia na Escola Teológica do Mosteiro São Bento, de 1988 a 1991. Em 2015, fez a convalidação do Curso de Teologia na Universidade Católica de Salvador (UCSAL).
Professou seus votos na Congregação dos Padres Vocacionistas – Sociedade das Divinas Vocações (SDV) em 21 de janeiro de 1990, e sua ordenação presbiteral ocorreu em 1992, na paróquia Nossa Senhora da Conceição do Raso, em Araci (BA). Em sua trajetória, atuou, entre outras coisas, como membro do Conselho Presbiteral da arquidiocese de Vitória da Conquista, representando os religiosos em 2005 e membro da Diretoria da Conferência dos Religiosos do Brasil – regional Bahia/Sergipe.
Foi nomeado pelo Papa Francisco no dia 19 de abril de 2017 como bispo da prelazia de Itacoatiara, no Amazonas. Em abril de 2018, foi eleito vice-presidente da Comissão Pastoral da Terra (CPT), sendo reeleito em abril de 2021, para a gestão da diretoria nacional da CPT, como vice-presidente, para o triênio de 2021 a 2024. Após o falecimento do presidente recém reeleito da CPT, Dom André de Witte, ocorrido em 25 de abril de 2021, Dom José Ionilton assumiu interinamente a presidência da CPT. Atualmente, ele também integra a equipe da Rede Eclesial Pan-Amazônica (Repam Brasil) como secretário.
Papa Francisco nomeou Dom José Ionilton no dia 3 de novembro de 2023, como novo bispo da vacante prelazia do Marajó, no Pará, transferindo-o da prelazia de Itacoatiara, no Amazonas, que se encontrava vacante desde a transferência de Dom Evaristo Pascoal para a diocese de Roraima, em janeiro de 2023. Porém, Dom José Ionilton assumiu a Prelazia do Marajó somente no dia 27 de julho de 2024. No Regional Norte 2 ele assume as Pastorais Sociais.