No último dia 6 de julho a Verbo Filmes e a Rede Eclesial Pan-Amazônica (REPAM) lançaram, em parceria, uma nova série documental: ‘Querida Amazônia: Os sonhos do papa Francisco para a Pan-Amazônia’. O primeiro capítulo apresenta o sonho social do bispo de Roma para a região e seus povos, segundo sua Exortação Apostólica Post-sinodal ‘Querida Amazônia’, publicada no dia 2 de fevereiro de 2020: “Sonho com uma Amazônia que lute pelos direitos dos mais pobres, dos povos nativos, dos últimos, de modo que a sua voz seja escutada e que sua dignidade seja promovida” (QA, n° 7).
Confira aqui o primeiro vídeo!
Mauricio López, secretário executivo da REPAM, apresenta a série lembrando o caminho sinodal:
Bem-vindos e bem-vindas a esta travessia pelo rio sinodal da Amazônia. Queremos convidar-lhes para subir na barca conosco, com Verbo Filmes e REPAM, para tratar de levar à vida, de seguir sonhando com o Papa Francisco nesta “Querida Amazônia” e num futuro de esperança.
Mesmo em meio a tempos tão difíceis, lembrando neste momento os cinco anos da encíclica ‘Laudato Si’ que nos convida a olhar para nossa Casa-comum, de como a temos danificada, destruída, ultrajada; mas também reconhecer todas as possibilidades que temos onde salvá-la.
Abraçar nossa fé, nossa identidade, tudo o que nos faz crentes nesse sonho do Reino e buscar outros caminhos a partir da ecologia integral. A navegação no processo sinodal implicou muitos passos, como todo processo que valha a pena: mãos diversas, corações diversos, vontades diversas…
E começou com o Papa anunciando seu desejo de escutar a Amazônia, de escutar seus povos, seus gritos, suas esperanças, com a visita que fez em Porto Maldonado abriu essa porta dizendo que teria vindo lhes visitar, mas que agora os convidaria para caminharem com ele. A REPAM teve o privilégio de escutar a mais de 87.000 pessoas no processo de escuta sinodal. 22.000 em escuta direta e mais de 65.000 nos processos preparatórios: povos indígenas, ribeirinhos, caboclos, quilombolas, a diversidade da igreja na Amazônia; compartilhando seus anseios, suas dores e seus desejos de mudanças na missão da igreja naquele território.
Com isso se integrou toda uma série de documentos que ajudaram num discernimento; um discernimento que foi levado em conta com as próprias vozes amazônicas na casa do Papa, em Roma, no “centro”. A periferia foi ao centro para levar a vida, para escutá-la.
E nesse discernimento criaram-se propostas concretas. O Documento Final do sínodo é um presente enorme porque recolhe as vozes da Pan-Amazônia e estabelece caminhos específicos por onde caminhar. Esta navegação é um convite para olharmos todas estas propostas, assumi-las, porque o sínodo não terminou. O processo sinodal continua e depende de você, de cada um, de cada uma, de levá-lo à vida. Estamos apenas no início!
O diretor da Verbo Filmes, Cireneu Kuhn, também apresenta a nova série com as seguintes palavras:
Nossa saudação a você, querida irmã, querido irmão de caminhada. Nesse tempo desafiante em que vivemos, de isolamento social por conta do covid-19, somos desafiados a criar novas maneiras de dar prosseguimento às nossas atividades.
E nós, enquanto Verbo Filmes, apesar das limitações implícitas por este momento, nós estamos, sim, trabalhando em alguns projetos.
Entre eles, este que você verá agora, que se trata de mais um capítulo sobre o sínodo para a Amazônia. E o formato deste programa é especial: as próprias pessoas que deram depoimento foram encarregadas de fazer a gravação, utilizando a câmera do celular. E o resultado foi muito positivo.
É um trabalho de sinergia, um trabalho de fraterna parceria. E é nesse sentido que eu quero agradecer de coração ao nosso irmão Mauricio López, secretario executivo da Rede Eclesial Panamazônica, por ter acolhido com carinho esta ideia e que, junto com o Pe. Julio Caldeira, coordenador do setor de comunicação da REPAM, fizeram eles um maravilhoso trabalho de buscar as pessoas, das mais variadas localidades, países, para os depoimentos. O Maurício tem se dedicado de corpo e alma durante todo o percurso sinodal. É uma alegria podermos contar com ele como âncora deste documentário e, por que não, de outros vários que virão, com a graça de Deus.
Um sonho social
No primeiro documental da série, sob o nome ‘um sonho social’, participaram indígenas, campesinos, ribeirinhos, afrodescendentes e agentes de pastoral: quatorze pessoas de seis países da Pan-Amazônia (Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Peru e Venezuela) gravaram suas reflexões: sete mulheres e sete homens.