A Campanha da Fraternidade de 2019 apresentou como objetivo e desafio “estimular a participação em políticas públicas, à luz da Palavra de Deus e da Doutrina Social da Igreja para fortalecer a cidadania e o bem comum, sinais da fraternidade”. Atendendo à proposta da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil/CNBB, a Rede Eclesial Pan-Amazônica/REPAM-Brasil participa de iniciativas voltadas para a reflexão sobre o tema, de forma especial com o olhar voltado para a realidade amazônica.
O objetivo é contribuir na formação das comunidades e na proposição e elaboração de políticas públicas na perspectiva do bem viver para a Amazônia Legal.
Em parceria com diversas entidades eclesiais e algumas pastorais, a REPAM entrou no projeto idealizado pelo Observatório Nacional de Justiça Socioambiental Luciano Mendes de Almeida/OLMA em parceria com a Associação Nacional de Educação Católica/ANEC. A ideia é trabalhar de maneira conjunta e colaborativa a Campanha da Fraternidade.
O grupo de instituições já iniciou a realização de quinze rodas de conversa em capitais brasileiras para debater políticas públicas e democracia. Na região Amazônica, a capital paraense abriu a série de atividades que devem atingir Manaus, Porto Velho e Boa Vista.
Nesta sexta-feira, 12 de abril, o Colégio Santa Doroteia, em Manaus/AM, recebe a roda de conversas. O evento contará com explicação sobre o ciclo das políticas públicas e oferecerá cinco oficinas temáticas: educação, povos indígenas, desigualdade social, meio ambiente e saúde.
“A ideia é instigar as pessoas que vão participar e mostrar o desafio de cada política e, sobretudo, animar para a participação”, explica Lidiane Cristo, que atua no Serviço Amazônico de Ação, Reflexão e Educação Socioambiental/SARES. Lidiane ressalta que as pessoas devem ser provocadas a pensar de que maneira é possível se articular para garantir a política pública “diante de um contexto de retrocessos, de desmonte”.
“A gente vai discutir seguridade social e vai dar um enfoque na reforma da previdência, porque é justamente a pauta mais ameaçadora que deve ser aprovada, que está sendo discutida… Então a gente vai trazer estes desafios provocando as pessoas a pensarem de que modo elas podem participar: na rua, na audiência pública, nos conselhos de direitos”, sugeriu. A expectativa é ainda avaliar ter uma ação continuada e conjunta na reflexão sobre as políticas públicas.
Diego Aguiar, membro da REPAM no regional Norte 1, falou sobre a importância da realização do evento no contexto sociopolítico em que o país se encontra.
O Comitê da REPAM em Roraima, coordenado pelo irmão Marista Danilo Bezerra, promove em conjunto com as pastorais sociais da diocese estudos sobre a Campanha da Fraternidade nas comunidades, áreas missionárias e paroquias. Em mobilização expressiva, ainda em fevereiro, foram realizados em um único final de semana seis encontros de estudo em toda a diocese de Roraima.