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A 5ª Conferência Nacional do Meio Ambiente (5ª CNMA), realizada em Brasília com o tema central “Emergência Climática: o desafio da transformação ecológica”, entrou em um momento decisivo nesta quinta-feira, 8 de maio. O dia foi marcado pela leitura e votação de 100 propostas consolidadas ao longo de um extenso processo participativo, que envolveu conferências livres, municipais, intermunicipais, estaduais e distrital, mobilizando mais de 1.700 municípios em todo o país.

A Rede Eclesial Pan-Amazônica (REPAM-Brasil) participa ativamente da etapa nacional com a presença de Mayara Lima, Aldenice Pompílio e Doris Ferraz, contribuindo nas discussões sobre justiça climática e os direitos dos povos e territórios da Amazônia.

Durante a manhã, as propostas foram lidas e votadas em plenária, sendo priorizadas 20 por cada um dos cinco eixos temáticos da Conferência: Mitigação; Adaptação e Preparação para Desastres; Justiça Climática; Transformação Ecológica; e Governança e Educação Ambiental. À tarde, os Grupos de Trabalho (GTs) se reunirão novamente para analisar, aprimorar e hierarquizar as propostas eleitas, em um processo de construção coletiva e democrático.

Entre as propostas já priorizadas, destacam-se:

  • No eixo de Transformação Ecológica (GT 01): o fomento à agricultura sustentável e regenerativa, com ênfase na agricultura familiar, regularização fundiária, agroflorestas, apicultura e meliponicultura.
  • No eixo de Justiça Climática (GT 05): a implementação e ampliação de áreas verdes no planejamento urbano com espécies nativas, corredores ecológicos, jardins de chuva e infraestrutura urbana adaptada para enfrentar as ilhas de calor.
  • No eixo de Governança e Educação Ambiental (GT 04): o fortalecimento do sistema nacional de gestão de resíduos sólidos, com metas para indústria e municípios, inclusão da coleta seletiva e incentivo à produção de biogás.

Confira aqui a propostas.

As deliberações da 5ª CNMA visam subsidiar diretamente a Política Nacional sobre Mudança do Clima e ampliar a consciência pública sobre os desafios urgentes da emergência climática. O evento também reafirma a importância da participação social na construção de soluções sustentáveis, especialmente de populações e territórios em situação de vulnerabilidade climática.

A REPAM, junto a outras organizações e movimentos, segue comprometida com o fortalecimento de políticas públicas que promovam justiça socioambiental e a preservação da vida nos territórios amazônicos.

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