Ir. Maria Irene, Dom Odelir, Dom Leonardo, Dom Esmeraldo e Pe. Jaime participam da mesa de lançamento da Campanha Missionária 2018
As Pontifícias Obras Missionárias/POM, juntamente com a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil/CNBB, realizaram na tarde dessa segunda-feira (17) coletiva de imprensa de lançamento da Campanha Missionária de 2018. O evento, realizado na sede provisória da CNBB, em Brasília, reuniu jornalistas, convidados, membros das comissões da CNBB, missionários e a Rede Eclesial Pan-Amazônica/REPAM-Brasil. Alinhada com a Campanha da Fraternidade, que refletiu a construção da cultura de paz, a proposta da Campanha Missionária é celebrar o mês de outubro, mês missionário, com o tema: “Enviados para testemunhar o Evangelho da paz” e o lema: “Vós sois todos irmãos” (Mt 23,8).
Na abertura do evento foi apresentado um dos vídeos da Campanha Missionária, que traz o testemunho de superação da violência na periferia de Fortaleza, onde há 21 anos atua o Centro de Defesa da Vida Herbert de Souza. Em seguida, na mesa de lançamento estiveram presentes Dom Leonardo Steiner, Secretário Geral da CNBB; Dom Esmeraldo Barreto de Farias, Presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Ação Missionária e Cooperação Intereclesial; Dom Odelir José Magri, Coordenador do Grupo de Trabalho do Mês Missionário Extraordinário; Ir. Maria Irene Lopes, Assessora da Comissão Episcopal Especial para a Amazônia; e Pe. Maurício Jardim, Diretor Nacional das POM.
Esse ano as POM celebram 40 anos de missão e, de acordo com Dom Leonardo, a iniciativa promovida pelo organismo é de fundamental importância para toda a Igreja. Sobre o tema da Campanha, o Secretário Geral da CNBB afirmou que é preciso acreditar no Evangelho da Paz. “Sem Jesus não vamos mudar a sociedade, mas com Ele isso se torna possível”, destacou Dom Leonardo.
Pe. Maurício Jardim, Diretor Nacional das POM, lembrou que a missão é uma só e nasce do coração da Trindade. Para ele, a missão é de Deus e Deus é missão. Citando um trecho da exortação apostólica Evangelli Gaudium, do Papa Francisco, ele afirmou que a missão é paixão por Jesus Cristo e pelo seu povo. “Sem essa paixão, a missão é reduzida e dispersa, e saímos para muitas outras coisas, andando de um lado para o outro sem mística e ardor”, completou Pe. Maurício.
“Terra de missão e de pessoas comprometidas com o Reino de Deus e o bem-viver, a Amazônia continua sendo, para nós, solo fecundo e de experiências ricas para a missionariedade”, afirmou Ir. Maria Irene Lopes, ao destacar a importância da Campanha Missionária para a Amazônia. De acordo com a religiosa, a partir da temática da Campanha, “é preciso estarmos atentos àquele chão que convida a todos, diante dos conflitos de terra, dos desafios impostos pelos grandes projetos que assolam a vida das pessoas, das perseguições e morte de lideranças, e dos clamores de todos os povos originários, a testemunharmos, de fato, o Evangelho da Paz”, destacou Ir. Irene.
Dom Esmeraldo Barreto apresentou os materiais da Campanha Missionária 2018, com destaque para o desenho do cartaz. De acordo com o bispo são dois grupos abertos, representando a diversidade de toda a Igreja, num grande movimento de acolhida uns dos outros. Cartaz, subsídios de novena, DVD, santinho, oração e envelope para a coleta do Dia Mundial das Missões já foram enviados para todas as dioceses, afirmou Dom Esmeraldo. Para mais informações
Mês Missionário Extraordinário
Também foi apresentado o processo de organização do Mês Missionário Extraordinário, convocado pelo Papa Francisco para ser celebrado em outubro de 2019. Dom Odelir José Magri, Coordenador do Grupo de Trabalho nomeado para organizar e articular as atividades, apresentou a proposta que está sendo desenhada para o Brasil, a partir da convocação do Papa Francisco.
De acordo com Dom Odelir, a proposta não é criar muitas atividades, mas envolver as Comissões Episcopais Pastorais da CNBB e organismos de comunhão e participação para que se envolvam e dinamizem, a partir das próprias agendas, atividades durante o mês missionário. As propostas ainda serão encaminhadas e aprovadas na Assembleia dos Bispos em abril do próximo ano.
Ir. Irene fala da feliz coincidência do Sínodo para a Amazônia e o Mês Missionário Extraordinário, que serão realizados em outubro de 2019.
O Mês Missionário Extraordinário coincide com o tempo em que será realizado o Sínodo para a Amazônia. Para Ir. Maria Irene Lopes é uma feliz coincidência os dois eventos eclesiais em outubro de 2019. “Essa sensibilidade do papa nos anima e nos aponta a missionariedade e a Amazônia como caminhos para uma Igreja em saída e nos compromete com a nossa casa comum”, destacou Ir. Irene.
O objetivo do Mês Missionário extraordinário, de acordo com a convocação do Papa Francisco, é “despertar em medida maior a consciência da missão ad gentes e retomar com novo impulso a transformação missionária da vida e da pastoral”. Para Ir. Maria Irene, nesse tempo de Sínodo para a Amazônia, uma maior consciência da missão Ad Gents pode ser suscitada ao se voltar olhar para aquela região, tendo em vista os muitos missionários e missionárias que fazem daquelas terras e daquele povo o seu apostolado. “Penso, ainda, que de lá pode vir um grande impulso para transformar nossa ação missionária, nossa pastoral. Francisco acredita que novos caminhos para a Igreja podem vir daquele chão, da escuta do seu povo. Nós, da Comissão Especial para Amazônia e REPAM, acreditamos também”, finalizou a religiosa.