Carinhosamente conhecida por Irma Dulce, Maria Rita de Souza Brito Lopes Pontes foi proclamada santa pelo Papa Francisco na manhã desse domingo, em missa celebrada na Praça São Pedro, no Vaticano. 80 mil pessoas acompanharam emocionados a proclamação da primeira Santa Brasileira.
Ao lado da brasileira Irmã Dulce (1914-1992), também foram canonizados o britânico John Henry Newman (1801-1890), a italiana Giuseppina Vannini (1859 -1911), a indiana Mariam Thresia Chiramel Mankidiyan (1876 -1926) e a suíça Margherita Bays (1876 -1926).
Durante a homilia, o papa Francisco destacou a simplicidade dos Santos proclamados pela Igreja e a dedicação cotidiana de todos à fé e ao serviço dos mais pobres. “Hoje agradecemos ao Senhor pelos novos Santos, que caminharam na fé e agora invocamos como intercessores. Três deles são freiras e mostram-nos que a vida religiosa é um caminhonete amor nas periferias existenciais do mundo”, afirmou Francisco.
A paulista Antônia Margarida Salvati acompanhou de perto a canonização de Santa Dulce. Professora e devota da Santa, Salvati disse que a religiosa proclamada santa é um exemplo a ser seguido por todos os brasileiros. “Ela ê um grande exemplo de amor, de carinho, de acolhida aos necessitados. O Brasil precisa disso”, afirmou a professora.
Para A paulista, a canonização de Santa Dulce durante o período em que se realiza o Sínodo para a Amazônia traduz uma mensagem muito forte. “Para que nós tenhamos um olhar bastante amoroso para com o nosso meio ambiente, nossos povos indígenas e com a preservação da nossa Amazônia”, destacou Antônia Salvati.
Ana Laura Dias veio de Brasília com a família à canonização para agradecer um milagre que atribuem à Santa Dulce. A jovem disse que, em 1980, Antônio Fernandes Dias, o pai dela sofreu um assalto e foi baleado três vezes, mas foi salvo pela intercessão da religiosa. “Hoje estamos aqui, todos os netos dele, para homenageá-lo e agradecer a Irmã Dulce. Eu, desde os dois anos de idade sei que ela é santa e hoje isso se confirma”, afirmou Ana Laura.