O Sindicato dos trabalhadores e trabalhadoras rurais de Belterra, Mojui dos Campos, Santarém; Pastoral Social Diocesana; a Comissão Pastoral da Terra (CPT) e demais organizações sociais promovem nos dias 27 e 28 de julho, a I Romaria da Terra e das águas em defesa da agricultura familiar agroecológica.

A programação tem como princípio a consciência de um povo de fé e comprometido com a unidade pela luta em defesa dos direitos coletivos assumindo assim um compromisso com agricultura familiar agroecológica.

De acordo com a bióloga Mayá Schwade, que atua na Pastoral Social da Diocese de Santarém, os agricultores familiares da região do planalto santareno estão sendo prejudicados com a chegada de um outro modelo de desenvolvimento rural, aquele que privilegia grandes plantações. “Os agricultores familiares tradicionais tem recebido pouca visibilidade das instituições públicas e da sociedade a respeito da sua importância”.

Mayá afirma ainda, que mais de 70% dos alimentos consumidos diariamente aqui em nossa região vem da agricultura familiar e não das grandes plantações. E a “I Romaria da terra e das águas em defesa da agricultura familiar agroecológica deve pensar soluções para os problemas enfrentados pelos agricultores e vários tipos de ameaças ao seu território e a segurança alimentar desta população que necessita que floresta permaneça em pé.

A Romaria da terra e das águas também está dentro da proposta do Papa Francisco de uma ecologia integral. “Ele fala que, a humanidade precisa perceber novas formas de convivência com a natureza e também pensar sobre os desafios de proteger a vida dos diferentes povos, e principalmente os povos da Amazônia que estão sob ameaça de destruição dos seus territórios, das florestas dos rios, dos igarapés e dos seus alimentos tradicionais. O Papa Francisco nos coloca a repensar nossas formas de consumo e repensar a nossa relação com a natureza e com os outros seres humanos e também com toda a biodiversidade do planeta” finaliza, Mayá.

A I Romaria da Terra das águas é fruto de uma parceria entre várias organizações e movimentos socias, que promovem a agricultura familiar e que pensam juntos estratégias de proteção deste setor. Todas as pessoas que defendem e lutam em favor da vida devem priorizar este momento, reafirmar o seu compromisso de fé e amor ao próximo.

 

Por Daniela Pantoja (Rede de Notícias da Amazônia)

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