As movimentações de escutas e assembleias territoriais em vista do Sínodo para a Amazônia continuam ocorrendo em toda a região. No último final de semana, aconteceram atividades no Amazonas, em Roraima, no Pará e no Amapá. Os encontros são voltados para reflexão e resposta ao questionário sobre o tema da assembleia sinodal extraordinária do próximo ano: “Amazônia: novos caminhos para a Igreja e para uma ecologia integral”.

Roraima
Católicos das realidades urbanas, ribeirinhos, indígenas e migrantes estiveram reunidos em Boa Vista/RR, entre nos dias 2 e 4 de novembro, para a Assembleia Pré-sinodal diocesana. Com a colaboração de Márcia de Oliveira, assessora da Rede Eclesial Pan-Amazônica/REPAM-Brasil, foi possível compartilhar aquilo que foi recolhido nos encontros promovidos na preparação para esta assembleia diocesana.

É tempo de identificar os rostos dos povos da Amazônia dentro da Igreja da região. Como indica irmão Danilo Bezerra, é tempo de escutar e perguntar-se sobre qual é o tipo de Igreja que queremos aqui na Amazônia, uma Igreja indígena, ribeirinha e também de pequenos agricultores. O irmão marista destaca a beleza do processo e a força dos gritos e clamores escutados na assembleia. Tudo isso, desde o método ver, discernir e agir, presente no desenvolvimento de todo o processo sinodal, na diocese de Roraima tem como objetivo final gerar compromissos, tanto no nível local, como também propostas para o Sínodo e a Pan-amazônia.

Foto: reprodução/Cebs do Brasil

Amazonas
Em Manaus, mais de cem religiosos salesianos e leigos que atuam nas missões da Congregação, participaram do Encontro Pan-Amazônico Salesiano, com o tema “O Sínodo nos interpela”. Estiveram presentes pessoas além de vários países além do Brasil: Equador, Peru, Bolívia, Venezuela, México, Paraguai e Colômbia. Também participaram representantes do Governo Geral da Congregação, dos Salesianos de Dom Bosco e das Filhas de Maria Auxiliadora. Os salesianos estão há mais de cem anos na região amazônica e hoje contam com cerca de 200 religiosos em 37 comunidades.

O padre salesiano Justino Sarmento Rezende, é único indígena que faz parte do Conselho Pré-sinodal. Durante o encontro, provocou seus pares a partir da indicação do Papa Francisco “para fazer propostas corajosas”. Padre Justino insistiu que “o Sínodo deve ser realizado para e com o povo de Deus na Amazônia”.

Dinâmica com jovens no Amapá

Amapá
No sul do Amapá, onde se encontra o Vale do Jari, foram realizados um encontro e uma Roda de Conversa na preparação do Sínodo para a Amazônia. No sábado, 3, em Vitória do Jari, e no domingo, 4, em Laranjal do Jari. Veramoni Coutinho e Benedito de Queiroz Alcântara, membros da equipe formativa da Escola de Fé e Cidadania da diocese de Macapá, foram partilhar a caminhada que está sendo realizada por toda a diocese na preparação do Sínodo Especial para a Amazônia. “Lideranças pastorais das duas paróquias acolheram com generosidade e suscitaram inúmeras perguntas a partir do texto-cartilha e das exposições realizadas. O sul do Amapá vai chegar no Encontrão em Macapá, com toda garra-tenacidade-indicativos. Ninguém quer ficar de fora!”, partilhou Benedito.

Pará
O documento preparatório para o Sínodo foi estudado na Comunidade de Surucuá, na Reserva Extrativista Tapajós, a seis horas de barco de Santarém/PA. Indígenas e ribeirinhos apresentaram propostas e tiveram participação “alegre e generosa” no encontro. Já em Castanhal/PA, os catequistas participaram do processo de escuta.

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