No último dia 21 de março, Guajará-Mirim foi palco de um evento crucial na luta pela justiça climática e pela preservação da Amazônia: o Tribunal Popular pelas Águas e pelo Clima – Ecoar Vozes pela Casa Comum. O evento, realizado no auditório do Ministério Público Estadual, reuniu diversas vozes de resistência para denunciar as denúncias ambientais e fortalecer a mobilização em defesa da água e do clima na bacia do rio Madeira.
Iremar Ferreira, do Fórum Regional Popular representando a REPAM Brasil, trouxe um olhar histórico e vivencial sobre as mobilizações agroecológicas na Amazônia. Em sua fala, lembrou a importância dos músculos regionais e destacou que esse evento reforça uma trajetória de lutas: “Foi um momento de reflexão, ação e posicionamento político em defesa da agroecologia como modo de vida.” Ele enfatizou que a construção de uma rede forte e participativa é essencial para enfrentar as ameaças à região.
Iremar também destacou a importância da troca de experiências entre os povos da Amazônia, destacando que encontros como esse fortalecem não apenas as denúncias, mas também as soluções comunitárias. “A participação de pessoas de várias partes da Amazônia – do Pará, do Amazonas, do Acre, de Rondônia, do Tocantins e até do Mato Grosso – trouxe um intercâmbio valioso. Todos puderam compartilhar vivências, refletir e agir, sempre em defesa de uma Amazônia viva”, afirmou.
Ele ainda ressaltou que o evento não se limita a um ato de denúncia, mas representa um passo estratégico para o futuro: “Mais do que uma articulação, estamos falando de uma conversão ecológica de muita gente, fazendo acontecer um novo modelo de desenvolvimento, pautado na agroecologia, na produção sustentável e na valorização dos territórios tradicionais.”
O Tribunal Popular aconteceu às vésperas do Dia Mundial da Água e se soma à mobilização rumo à COP 30, que será realizada em Belém. O objetivo é garantir que as vozes da Amazônia sejam ouvidas nos debates globais sobre mudanças climáticas e preservação dos territórios. “Estamos aqui para ecoar nossas vozes e reafirmar que não aceitamos projetos de exclusão. A Amazônia precisa ser respeitada, e a luta dos povos da floresta tem que ser prioridade em qualquer agenda ambiental”, concluiu Iremar.
A mobilização continua! Acompanhe os desdobramentos e fortaleça essa causa nas redes sociais. Juntos, podemos ecoar nossas vozes em defesa da Casa Comum e construir um futuro mais sustentável para todos.