A XXVI Assembleia Diocesana de Pastoral da Diocese de Juína teve início na noite de 8 de novembro, com a missa de abertura presidida por Dom Neri José Tondello, Bispo Diocesano. Esta assembleia anual é um momento importante, pois orienta as ações pastorais do próximo ano, promovendo o fortalecimento das comunidades e pastorais da Diocese de Juína. Com o tema “Iniciação à Vida Cristã e Ministério do Catequista” e o lema “Peregrinos da Esperança”, a assembleia enfatizou a importância da formação e do compromisso evangelizador das comunidades, especialmente diante dos desafios sociais e eclesiais.
Missa de abertura da XXVI Assembleia Diocesana de Pastoral da Diocese de Juína – Foto: Pascom Diocese de Juína
Após a missa, os representantes das pastorais e movimentos se reuniram para uma introdução das atividades planejadas para o dia seguinte. Dom Neri ressaltou o valor da assembleia como um momento de comunhão e tomada de decisões em conjunto, afirmando: “A assembleia nos dá a direção; é um momento de escuta, comunhão, harmonia, decisão em conjunto e de sentir o pulsar do que aconteceu durante o ano de 2024.”
A escuta das comunidades e as prioridades
No dia 9, as atividades começaram cedo, com uma oração conduzida pela Paróquia Sagrada Família (Colniza). Dom Neri apresentou o assessor do evento, Padre Jean Paul Hansen, secretário executivo de Campanhas da CNBB, que destacou a importância da Campanha da Fraternidade 2025, voltada ao apoio das comunidades mais vulneráveis.
Padre Jean Paul trouxe uma reflexão profunda sobre a igreja como uma “igreja viva e dinâmica”, mencionando o trabalho exemplar de algumas pastorais, como a Pastoral da Pessoa Idosa, que promoveu o Dia dos Avós, e a Pastoral Familiar, ativa em várias paróquias. Ele lembrou ainda a importância de não confundir piedade popular com devocionismo e destacou a juventude como um pilar essencial para o futuro da Igreja. “Vivemos em um tempo de graça em nossa Igreja, pois vivemos na sinodalidade”, concluiu.
Propostas para 2025: Fortalecimento das pastorais e cuidado com a casa comum
Dentre as prioridades discutidas para 2025, destacam-se cinco propostas principais:
- Fortalecimento da Pastoral Litúrgica: O objetivo é desenvolver lideranças com formações contínuas, especialmente Ministros da Palavra e da Eucaristia, promovendo a formação da Iniciação à Vida Cristã nas paróquias.
- Reforço dos Conselhos Pastorais: Fortalecer o papel do Conselho Pastoral Diocesano (CPD), do Conselho Pastoral Paroquial (CPP), do Conselho Pastoral Comunitário (CPC), do Conselho de Assuntos Econômicos Paroquiais (CAEP) e do Conselho de Assuntos Diocesanos (CAED), assegurando encontros regulares para promover a unidade e a corresponsabilidade nas comunidades.
- Formação e integração da juventude: Acolher e capacitar jovens para assumirem um papel ativo nas paróquias e movimentos juvenis, proporcionando espaços de engajamento e expressão da fé.
- Atendimento às comunidades indígenas: Assumir um compromisso pastoral com as comunidades indígenas, garantindo acolhimento, respeito e assistência espiritual.
- Cuidado com a Casa Comum: Promover ações práticas baseadas na encíclica Laudato Si’, como a campanha “Junho Verde” para o cuidado com a água e outras ações de sustentabilidade.
Essas propostas visam uma atuação pastoral que integre espiritualidade e compromisso social, em sintonia com o espírito do Ano Jubilar de 2025.
Caminhada para o Jubileu: o Ano Santo de 2025
O assessor Padre Jean Paul apresentou o significado do Ano Jubilar de 2025, cujo lema será “Peregrinos da Esperança”. Esse período especial é visto pela Igreja como um “tempo de graça”, marcado pela peregrinação, pela prática da confissão e pela busca da indulgência. As atividades do jubileu começarão quando o Papa abrir a Porta Santa da Basílica de São Pedro, em Roma, no dia 24 de dezembro de 2024, sinalizando o início de um ano voltado à reconciliação e à prática da misericórdia.
Em uma mensagem especial do Papa Francisco, o Jubileu é descrito como uma oportunidade para sermos “portas santas” para todos, especialmente para os marginalizados. O Papa ressaltou ainda os apelos litúrgicos e socioecológicos, encorajando as nações mais ricas a perdoarem as dívidas das mais pobres e promovendo o descanso da terra. Padre Jean Paul destacou que a Porta Santa permanecerá aberta durante todo o ano jubilar, com encerramento em 6 de janeiro de 2026.
Encerramento e avaliações
Após uma breve plenária, os representantes dos grupos de trabalho compartilharam suas avaliações e sugestões para o próximo ano. O diácono permanente Paulo Alves destacou a necessidade de discernimento pastoral, ou seja, a capacidade de identificar o que é bom e edificante para a caminhada das comunidades. O Bispo Diocesano Dom Neri José concluiu a assembleia com uma mensagem de encorajamento, enfatizando o papel da Igreja em se solidarizar com os mais necessitados e promover a paz e a justiça social.
Com a Celebração de envio dos participantes e a bênção final, a XXVI Assembleia Diocesana de Pastoral foi encerrada no Domingo (10). As decisões tomadas reforçam o compromisso da Diocese de Juína com uma Igreja cada vez mais sinodal, inclusiva e atenta às necessidades do seu povo.
Por Assessoria de Comunicação – Diocese de Juína
Imagem Pascom Diocese de Juína
Reprodução: Diocese de Juína