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O arcebispo de São Paulo (SP), cardeal Odilo Sherer, e o arcebispo de Manaus (AM), cardeal Leonardo Steiner, chegaram a 59ª Assembleia Geral da CNBB na tarde desta quinta-feira, 1º de setembro, após a participação no consistório em Roma, dia 27. Na cerimônia na Basílica de São Pedro no Vaticano foram nomeados vinte cardeais. Além do cardeal Steiner, o arcebispo de Brasília (DF), dom Paulo Cezar Costa, também foi criado cardeal durante o consistório.

O recém criado cardeal Steiner disse que veio direto a Assembleia após a viagem a Roma pela importância desejo de juntar-se aos irmãos para o retiro, o momento de oração e de unidade e para participar do momento celebrativo dos 70 Anos da CNBB”, que acontece na noite desta quinta-feira, às 20h no Santuário de Aparecida (SP).

O “cardeal da Amazônia”, como está sendo chamado, afirmou que, para ele, a nomeação de um cardeal para a região amazônica mostra a proximidade do Papa Francisco com o tema e o desejo dele de se fazer presente na região.  Segundo dom Leonardo, essa representatividade marca a presença do próprio Papa Francisco e, nesse sentido, “também a responsabilidade de ser alguém que pode ajudar a expressar os desejos e os sonhos do do Santo Padre em relação aos povos originários e aos indígenas e para a questão do meio ambiente, tão cara a ele, como descreveu em sua encíclica Laudato Si”.

Comunhão em torno de Cristo e do Evangelho

Dom Scherer disse que queria muito estar presente durante toda a 59ª Geral da CNBB mas justificou não ter sido possível, desta vez, em razão do consistório que criou os novos cardeais e dos dias de reunião com os cardeais e o Papa Francisco sobre a nova Constituição Apostólica Praedicate Evangelium da qual participaram outros 197 cardeais, de 29 e 30 de agosto. “Fiz questão de estar com os irmãos durante um dia e meio para saudar, conviver e participar da comemoração dos 70 anos da CNBB”, afirma ele.

O cardeal Sherer ressaltou que o Papa Francisco insistiu muito em alguns aspectos, principalmente na importância da comunhão para que a Igreja de fato caminhe unida, independentemente da diversidade de opiniões ou culturas. “Devemos estar em comunhão em torno de Cristo, em torno do Evangelho, em torno da Igreja, do amor pela Igreja, da mesma missão que nos é dada”, disse.

Segundo dom Odilo, o Papa Francisco também ressaltou a força da sinodalidade  e da escuta paciente e perseverante, de maneira a acolher quem pensa diferente. “Em todos os casos, devemos recolher aqueles elementos que podem ajudar a construir a comunhão e a unidade na Igreja. Além disso, o Santo Padre também incentivou muito a perseverança para que, mesmo no meio das dificuldades e das crises, não nos abatermos quando as coisas não caminham como gostaríamos”, disse.

O Papa Francisco também reforçou ser necessário ter a paciência do semeador que não espera colher no dia seguinte, mas espera o tempo passar, a planta crescer, dar fruto para, finalmente, fazer a colheita. “Nós somos semeadores e Deus é aquele que dá o crescimento e o fruto da nossa semeadura”, concluiu. Segundo o cardeal Sherer, o Santo Padre sempre fala palavras em português quando se encontra com um brasileiro e pede que rezemos por ele. Ele disse que ele saudou o povo brasileiro com muito afeto e também enviou a sua bênção.
Momento de unidade e celebração
O arcebispo do Rio de Janeiro, o cardeal Orani Tempesta, também chegou na 59ª Assembléia Geral da CNBB, ao final do penúltimo dia, 1º de setembro. Ele considerou ser uma visita rápida, mas imprescindível. “Viemos direto do consistório porque sabemos da importância de participar desse momento de unidade e celebração e para, juntos, comemorar os 70 anos da CNBB e nos reunir em oração e comunhão para levar à frente nossa missão de ser Igreja junto ao nosso povo de Deus!”.

Por Vanuza Wistuba

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