Notícia

Por Rosa M. Martins/REPAM-Brasil

De acordo com o autor, o arcebispo de Palmas, TO, Dom Pedro Brito Guimarães, a obra se inspira no pensamento do venerável Dom Tonino Bello, bispo de Molfetta, Itália, “Eu também estou doente”. Ele explica, dizendo que “o fato é que todos estamos doentes. Diz um ditado popular que para saber se estou doente, basta ir a um médico. Ele vai descobrir uma ou mais doenças. Quando alguém diz que não está doente, é sinal de que esta pessoa está escondendo a sua doença. É uma forma sutil e sublimada de autodefesa”.

Dom Pedro Brito além de arcebispo é também artista, compositor, característica com as quais ele não está de acordo, mas duas de suas canções fazem sucesso na Igreja e inspira muito, entre elas, “Eis-me aqui, Senhor”, e “Por uma grande missão”. Em entrevista à assessoria de comunicação da REPAM-Brasil, ele fala sobre tudo um pouco.

Leia a íntegra:

Como nasceu a ideia do livro?

No dia 18 de dezembro do ano passado, voltando de uma crisma, numa paróquia, no Jardim Aureny III, aqui no sul de Palmas, acontecida na quadra de um Colégio, por conta da pandemia da Covid-19, que impedia a aglomeração, em ambiente fechado, como é a Igreja Matriz, da referida paróquia, nasceu a ideia de escrever algo sobre esta realidade. Chegando em casa, comecei a desenhar, melhor, escrever, as primeiras ideias. Não imaginei inicialmente que seria um livro. Inspiração do Espírito Santo.

Quem está doente, dom Pedro? Por que?

Embora o livro não seja um manual de autoajuda, nem um receituário sobre doenças, a palavra-chave deste meu livro é a palavra “também”: Eu “também” estou doente! Esta frase não é minha. É de Don Tonino Bello, um candidato a ser beatificado. No livro eu explico isto. O fato é que todos estamos doentes. Diz um ditado popular que para saber se estou doente, basta ir a um médico. Ele vai descobrir uma ou mais doenças. Quando alguém diz que não está doente, é sinal de que esta pessoa está escondendo a sua doença. É uma forma sutil e sublimada de autodefesa.

 O que este livro pretende?

Vamos lá. Muitas coisas. Resumirei em duas: primeira, o livro tem um subtítulo: “O desejo incontido de ser escutado”. Eu pretendo ser escutado. Desejo é sonho, é graça, é querer, é missão. Estes então são os meus o meu sonho, o meu querer, a minha graça e a minha missão… e mais e mais. Quero falar, quero escrever, quero ser ouvido, entendido e compreendo. Em que? Que, embora, estejamos todos doentes, ainda tem cura, tem saída, tem esperança. Na verdade, o livro fala muito em doença, mas não de doença que pretendo falar. Quero falar de cura, de esperança, de saídas, de vida saudável. Esta é a segunda pretensão deste livro.

Qual é a metodologia do livro?

Pergunta difícil de ser respondida. Vou guardar a sete chaves esta resposta. Vou deixar esta página em branco para o leitor descobrir. Uma dica: a vida de um arcebispo, com seu saber, sua sabedoria, suas preocupações e suas solicitudes pastorais para com os doentes.  Há no livro uns pontos a serem observados: há um ponto de partida, há um ponto focal e há um ponto de chegada. Mas são fáceis de descobri-los, basta prestar a atenção.

Por que escrever sobre doença no contexto atual? O senhor acha que a sociedade está doente

O “porquê”, já respondi na segunda pergunta. Não se trata de um livro sobre a minha doença. É sobre as nossas doenças. E nem é sobre doença. É sobre a saída: a esperança. E escrever uma das muitas missões que tenho aqui na terra. E sobre a segunda parte da pergunta: acho não, afirmo que sim. Já disse isto na segunda pergunta e reafirmo: a sociedade está doente. Está enlutada, de um “luto relacional”. Basta ver o que ocorreu com as eleições e no pós-eleições. As eleições terminaram, para muitos, mas para poucos ainda não. Esta “loucura” é fruto da pandemia? Acho que sim. É síndrome, é sintoma, é reflexo, é resultado e é efeito colateral. Permita-me dizer: há, na página 25, a receita de uma gotinha de colírio para curar as nossas miopias e, por que não dizer, as nossas cegueiras.

 Além de bispo, o senhor é também um poeta, compositor e escritor. Como se inspira, ou o que lhe inspira tanto para um como outra coisa?

Quando o leitor comprar e ler este meu livro, vai encontrar, seguidas vezes, expressões como esta: “eu não sou médico”, “eu não sou cientista”, “eu não sou psicólogo”, “eu não sou biblista”… Eu também não sou poeta e nem escritor. Sou apenas um arcebispo, tipo adolescente, cheio de sonhos, às vezes, irrealizáveis. Meus sonhos são maiores do que a capacidade vê-los realizados. Nas primeiras páginas, a partir da página 32, eu digo textualmente: “Escrever é meu apostolado e minha terapia”. Sou do parecer de que não deve haver nem um dia sem palavras.

Quais livros o senhor já escreveu, e qual mais gosta, e porque?

Escrevi poucos livros: cinco livros e duas Cartas Pastorais. Mas já escrevi mais de 80 canções. Qual é o pai que tem coragem dizer qual filho gosta mais? Vai criar um problema desnecessário na família. Melhor não dizer. Ou melhor dizer: gosto de todos!

Das canções quais são de sua autoria?

Todas as 80, dito acima. Não sou músico profissional. Estudei música no Seminário. Mas não valorizei. Hoje me arrependo. Sou autodidata em matéria de música. Sou letrista. Se não domino a arte musical, ao menos, devo dominar a arte literal. Escrever todo mundo escreve. O problema é escrever poeticamente. Escrever poesia não é algo fácil. Quem disse que missão tem que ser fácil? Escrever é minha missão.

 Qual canção mais gosta e como inspirou para escrevê-la?

Já respondi que não há filho feio para um pai. Todo filho, mesmo que seja veio, é bonito para seu pai. Mas já que insiste, vou indicar duas, espero que as outras não se zanguem comigo: “Eis-me aqui, Senhor” e “Por uma grande missão”. A primeira, nasceu na sala de aula: o professor disse, citando a Carta aos Hebreus (10,9) que Eis-me aqui”, talvez tenha sido as primeiras palavras que Jesus pronunciou ao entrar no mundo. Esta foi a inspiração. E a segunda, estava com o tempo estourado para entregar esta canção à Comissão do Congresso Vocacional Nacional, e não conseguia terminar. Fui fazer um retiro na Cidade do Goiás (Goiás Velho?), chegando lá me veio a inspiração final. Esta canção é a narração da minha história vocacional.

Qual o benefício em conciliar arcebispo e arte?

Um sofrimento, um parto doloroso. Antigamente eu dizia que música não combinava com bispo, pois, música tem tempo, compasso, pausa, harmonia etc…  E vida de bispo não tem tudo isto, ao mesmo tempo, na mesma partitura. Depois que fiz a ADI descobri que foi concebido para ser assim. então me acalmei, me convenci que esta é a minha missão. E a melhor missão é aonde Deus nos envia.

 Alguma mensagem que o senhor queria deixar?

Sim. Adquira este meu livro. Leia-o, pois. Ler, além de ser cultura, é um bom remédio para curar as feridas provocadas pela ansiedade. Como diz o Faustão: “ler é alargar o cérebro!”

Como adquirir o seu livro?

 Nas Edições CNBB e no seguinte contato: Pix:CPF: 150.722.233-53 – Pedro Brito

Whatsapp: 63 9204-0850 – Willians Borges

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