No início da Cúpula da Amazônia, em 8 de agosto, Ruth Contreras foi uma das seis pessoas que entregaram aos presidentes as contribuições da sociedade civil feitas nos “Diálogos Amazônicos”.
Por Vanessa Xisto e Júlio Caldeira / REPAM
A Cúpula dos Países Amazônicos, realizada em Belém do Pará, Brasil, nos dias 8 e 9 de agosto, aborda questões relacionadas às políticas públicas na região amazônica e ao fortalecimento da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA). .
Participam representantes dos oito países que possuem florestas em seu território, além da sociedade civil. O objetivo é definir políticas e estratégias para o desenvolvimento sustentável da região.
Diálogos Amazônicos
No início da Cúpula Amazônica, na manhã do dia 8 de agosto, Ruth Contreras, diretora da Fundação Caminhos de Identidade (FUCAI) e integrante do núcleo de Justiça Socioambiental e Bem Viver da Rede Eclesial Pan-Amazônica (REPAM) , foi um dos seis porta-vozes dos “Diálogos Amazônicos” que levaram às lideranças dos países amazônicos as propostas e esperanças recolhidas nos diferentes territórios e povos, resultantes da IV Plenária: “Mudanças climáticas, agroecologia e sociobioeconomias da Amazônia: gestão do desenvolvimento sustentável e novos modelos produtivos para o desenvolvimento regional ”.
Na entrega do documento, “os presidentes ouviram atentamente as propostas e temos que trabalhar para monitorar que avanços reais estão sendo feitos com indicadores reais na proteção socioambiental da Pan-Amazônia”, enfatiza Contreras.
Entre outros pontos, o documento estabelece uma Aliança Amazônica de Combate ao Desmatamento com base em metas nacionais e um Sistema Integrado de Controle de Tráfego Aéreo para combater o tráfico aéreo ilícito, o narcotráfico e outros crimes na região.
Na mesma manhã do dia 8, os Povos da Terra pela Amazônia marcharam até o hangar onde estava sendo realizada a Cúpula de Presidentes para entregar a Declaração dos Povos da Terra pela Amazônia.
Promover a sustentabilidade na região
Reforçando o papel fundamental dos movimentos sociais e da sociedade civil na busca de soluções para os problemas, “queremos que esta ação conjunta cristalize um objetivo comunitário que nos permita acompanhar a defesa da Amazônia e o bem viver dos povos que nela vivem .” eles habitam”, diz Ruth.
O diretor da Fundação Caminos de Identidad (FUCAI) destaca que “este trabalho articulado dos movimentos sociais e da sociedade civil é fundamental para poder avançar a sustentabilidade da região com o seu próprio desenvolvimento, que articula a proteção ecológica de todos os ecossistemas amazônicos e o bem viver de todos os habitantes da Amazônia e do planeta.
Ruth Contreras também destacou a participação da Rede Eclesial Pan-Amazônica (REPAM) no evento “não como convidada, mas como ator e responsável pelos destinos da região”.