No contexto do Mês Missionário, a REPAM oferece a partir de hoje, seguindo nas próximas segundas-feiras, uma série de quatro testemunhos de missionários que atuam na região Amazônica: Terra de missão e comprometimento com o Reino de Deus e o bem-viver.

São algumas das milhares histórias daqueles que fazem do território amazônico solo fecundo e de experiências ricas para a missionariedade. Assim, esperamos contribuir, valorizar e reforçar o espírito da missão presente nas diversas realidades ali encontradas.

A primeira história é da irmã Anésia Gonçalves, que atua em Balsas/MA, há 19 anos. Ela foi uma das primeiras religiosas das Irmãs da Providência de Gap a chegar na diocese de Balsas, a convite de Dom Franco Masserdotti, bispo diocesano falecido em 2006. “Nós trabalhamos na paróquia de Riachão e Feira Nova/MA. E o trabalho é marcado pela contribuição na formação de lideranças nas diversas pastorais”, conta.

Apesar de a área paroquial não ser afetada pelo agronegócio, irmã Anésia conta que a atividade econômica é predominante no conjunto da diocese com plantações de soja, feijão arroz e mileto: “A diocese de Balsas está completamente atingida pelo agronegócio. Então é uma situação muito complicada, porque na chegada do agronegócio, muita gente perdeu as terras, então a cidade de Balsas explodiu. Essa é uma realidade muito complicada para a diocese de Balsas, porque atinge o Cerrado, atinge a Caatinga, atinge a nossa região que é da Amazônia Legal”.

Nas fronteiras do bioma amazônico, as irmãs da Providência de Gap marcam presença há quase duas décadas na certeza de estarem pisando numa realidade sagrada. “Além da terra, o povo é sagrado também. É uma vida que a gente dedica ali, claro que a gente não está sozinho. Tem as lideranças das paróquias, tem os padres, os bispos que passam também”, recorda irmã Anésia.

Irmãs da Providência de Gap na Paróquia Nossa Senhora de Nazaré

A sensação é de presença forte, porém limitada, “porque a influência da gente, principalmente em relação ao agronegócio, é muito pequena, embora a diocese tenha muitos movimentos, muitas pastorais sociais”.

E é nesse sentido de união de forças que se encontram os sonhos da religiosa. O trabalho da REPAM é visto como agregador e oportunidade de interligar os missionários. Tudo isso será aprimorado com o Sínodo para a Amazônia, segundo a irmã Anésia.

“Acredito que o Sínodo foi chamado para uma hora muito concreta, muito importante e acho que vai ajudar a REPAM a se fixar, se organizar melhor, proteger a população da Amazônia e, ao mesmo tempo, dar força aos missionários e missionárias que já estão nessa área”.

Deixe um comentário

Seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios estão marcados *

Postar Comentário