Com um bioma único, que mistura a biodiversidade da Amazônia e as riquezas naturais do Cerrado, Palmas, capital de Tocantins, abriga o projeto de formação “Guardiões Ecológicos”, que capacita grupos de guardiões para atuar na preservação de rios, lagos e nascentes, no combate ao desmatamento e queimadas e na proteção dos povos e comunidades.
O aumento do desmatamento, queimadas e da ação do agronegócio trouxe desafios e muitas ameaças para os povos e o meio ambiente, o que levou a necessidade de capacitar defensores na proteção do Cerrado e da Floresta Amazônica.
A partir do projeto, a Arquidiocese de Palmas pretende implantar 20 grupos de guardiões ecológicos nas comunidades e realizar um processo de formação de multiplicadores, promovendo uma ampla difusão das problemáticas ambientais.
As atividades envolvem mais de 200 pessoas, entre mulheres, homens, jovens, produtores rurais, ribeirinhos, indígenas e moradores das regiões locais.
Saiba mais sobre o primeiro módulo de formação do projeto Guardiões Ecológicos
O engajamento dos grupos de guardiões, as iniciativas de revitalização de nascentes nos territórios e a criação do Ministério dos Guardiões Ecológicos são alguns dos frutos do projeto.
Criado em agosto de 2021, o Ministério de Guardiões Ecológicos atua no cuidado, na educação, prevenção, proteção, defesa, promoção e produção de significados, atividades e de subsídios, em prol da ecologia integral e da conversão ecológica.
Para Luiza Oliveira, o processo formativo é uma de oportunidade aprender de forma consciente e motivar o trabalho da comunidade. “A formação é uma oportunidade de ampliar conhecimentos, aprender praticas novas e motivar o eco para transformação de uma sociedade. Gratidão aos idealizadores de tamanha proeza!”
Leonardo Alves Sampaio conta que o projeto provocou um sentimento de solidariedade e coletividade em prol do meio ambiente e da luta pela mãe natureza.
“A realização do projeto provocou em nós e nas comunidades indígenas Xerente um sentimento de que não estamos só na luta pela mãe natureza. A mudança de comportamento das pessoas se dar por meio do conhecimento”, destacou Leonardo.
O projeto
A iniciativa é promovida pela Arquidiocese de Palmas em parceria com a REPAM-Brasil, Cáritas Arquidiocesana de Palmas, Ação Social Arquidiocesana de Palmas (ASAP), Fundação Semear Liberdade, Paróquias e Secretária Municipal de Meio Ambiente de Lizarda – TO e o Centro Universitário Católica do Tocantins (UniCatólica), por meio da Coordenação de Pastoralidade e do Observatório de Ecologia Integral.