A equipe da Rede Eclesial Pan-Amazônica/REPAM-Brasil ganhou uma nova integrante neste mês de janeiro. Chegou a Brasília/DF para atuar na coordenação de articulação da rede a irmã Fabiana Alves, religiosa da Congregação das Irmãs Missionárias Carmelitas. Natural de Igaracy, no interior da Paraíba, já acumula experiências no Nordeste, no Pará (em duas oportunidades), em Rondônia e em Minas Gerais.
“Vim trabalhar na REPAM exatamente pela minha experiência na Amazônia, minha vivência na Amazônia. A minha primeira experiência missionária, quando eu fiz os primeiros votos, em 2003, foi no Pará, em uma vila ribeirinha”, conta irmã Fabiana. Segundo ela, depois desse tempo, sua vida soma idas e voltas à região da floresta amazônica. “Estou sempre ligada à Amazônia, minha missionariedade é sempre ligada à Amazônia”, ressalta.
O trabalho de coordenação de articulação consiste em acompanhar, dinamizar e fazer a interligação com e entre os Núcleos/Comitês locais da REPAM, e dialogar com os bispos e secretários executivos dos regionais da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) localizados na Amazônia. A atuação, de acordo com o planejamento estabelecido para o trabalho da REPAM a partir deste ano, deve ser “em contínuo diálogo com a Secretaria Executiva da REPAM-Brasil e com a Equipe de Assessores que se faz presente também nos territórios”.
Irmã Fabiana espera “cumprir a missão de ser esse elo entre os comitês da REPAM, entre os eixos e, ao mesmo tempo, ser um sinal de Deus em cada lugar da Amazônia brasileira”.
Há menos de duas semanas no escritório da REPAM Brasil, instalado na capital federal, a religiosa vive esse primeiro momento como “de muita escuta”: “Eu estou como Jesus a caminho de Emaús, me aproximando, escutando, fazendo muitas perguntas para depois sentar à mesa, que foi a experiência de Jesus, e repartir o pão. Neste primeiro momento é assim de colocar os pés no chão da Rede e entender o processo, a dinâmica, a missão da REPAM, mas isso, já fazendo algumas coisas, como contatos, articulando encontros, agendas”.
E já está marcado o primeiro encontro com os representantes de comitês locais e dos eixos de trabalho da REPAM-Brasil. Será de 26 a 28 de abril, em Brasília. É momento de “desenhar a nossa agenda para ver como fazer para colocar em prática essa questão dos eixos em cada comitê, diocese, região, prelazia… Vai ser esse contato com um grupo maior para a gente articular e planejar algo mais concreto para estar fazendo lá na base”.
Algumas atribuições foram definidas pela REPAM após a definição desta função, que é resultado do processo dos seminários Laudato Si’. À Coordenação de Articulação cabe:
- Potencializar a atuação dos Núcleos/Comitês locais em colaboração com o trabalho do(a) assessor(a), parceiro(a) do trabalho de articulação da REPAM nos territórios;
- Fomentar, em diálogo com os bispos, novas experiências de Núcleos/Comitês REPAM;
- Buscar consolidar um caminho de articulação regional, que reúna a representatividade dos diversos Núcleos/Comitês já existentes nos regionais;
- Promover a ação comum e eficaz para uma pastoral de conjunto;
- Estabelecer a sinergia do trabalho em conjunto, considerando as articulações locais, regionais e fazendo a interconexão com a representação nacional (REPAM-Brasil);
- Ser célula viva do diálogo da REPAM Nacional com a REPAM Pan-Amazônica, conhecendo bem as diretrizes e prioridades, como os eixos, por exemplo;
- Viver e fomentar a mística do diálogo nas diferenças e do caminho de comunhão, à luz da mensagem da Carta Encíclica Laudato Si´: “Tudo está interligado” (cf. LS, n. 42).